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Android ou iOS? Entenda as diferenças entre os sistemas de smartphone

Os sistemas operacionais Android e iOS costumam dividir a opinião dos usuários na hora de escolher um smartphone. Ambos possuem muitas similaridades, ao passo que também são bem distintos.

Contudo, os dois sistemas vêm com propostas que visam proporcionar experiências cada vez mais completas no ponto de vista do usuário final – bem como para aqueles que estão por trás das cortinas dos aplicativos: os programadores.

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O iOS, desde o seu desenvolvimento, sempre prezou pela simplicidade, elegância, segurança e em proporcionar uma experiência de uso sem complicações. A funcionalidade não demorou para ser sucesso em todo o mundo, sendo considerado um dos sistemas mais práticos e funcionais em comparação aos que eram vendidos à época de seu lançamento.

Mas qual a razão para todo esse sucesso?

Caio Bretones, diretor de produtos digitais da Dimensa Tecnologia, explica que no caso do iOS, a Apple fornece as duas frentes do produto final: o sistema operacional e o hardware, o próprio smartphone.

“Apesar de ser uma plataforma mais fechada, com os fatores é possível ter mais agilidade e possibilidade de construir e adicionar restrições como o usuário desejar”, diz.

O especialista aponta que o Android sempre teve uma proposta diferente. É um software que roda em diversos hardwares. Foi desenvolvido para ser um sistema operacional mais flexível, customizável e aberto, podendo funcionar em celulares e acessórios de diferentes marcas – como é o caso do Windows para os computadores.

Ambos estão no mesmo caminho, são soluções paralelas entre si, mas não são complementares, são concorrentes, de fato.

Bretones destaca que é possível dizer que o sistema operacional, no fim do dia, é o software-mãe que roda dentro de um hardware.

“Digo que ele é mãe pois quando instalamos um aplicativo, que também é um software, ele tem que estar adequado e seguindo todo o guide para conseguir executar o seu funcionamento da melhor maneira”, exemplifica o diretor.

De acordo com pesquisa realizada pelo StatCounter em maio de 2022, a estatística global de usuários que possuem os smartphones da Apple ainda são minoria, com pouco mais de 27% do mercado, enquanto o Android conta com mais de 71%.

No Brasil, uma das questões pela baixa adesão em relação à Apple está motivada, principalmente, pelos altos preços. O modelo mais barato vendido pode ser encontrado por R$ 4.199, o que também impulsiona o comércio paralelo de smartphones da marca.

Construção de aplicativos: nativo ou híbrido?

Sob a ótica dos desenvolvedores de software, o processo para construção e submissão de um aplicativo é diferente em cada um dos sistemas. Bretones explica que para essa criação, existem duas formas, nativo e híbrido.

Sendo, o nativo uma linguagem exclusiva para determinado sistema operacional, onde se é necessário utilizar a ferramenta que a Apple (para iOS) e Google (para Android) fornecem para a construção de apps exclusivamente nativos.

“O desenvolvimento de um app para Android é mais complexo pela quantidade de modelos de smartphone em que o aplicativo deve rodar, com diferentes telas e hardwares. Já no iOS, a programação pode ser mais simplificada, mas não menos complexa, por ter poucos aparelhos e os programadores já entenderem bem como eles interagem com o software que está sendo construído”, destaca.

Para o desenvolvimento híbrido, existem outros softwares que permitem a construção de um código replicável, fornecendo tanto para iOS quanto para Android.

Plataformas como a React Native, PhoneGap, Xamarin e o Flutter permitem que o desenvolvimento híbrido aconteça.

Neste cenário, Caio Bretones relata que não existe o melhor, tudo depende de análise e do propósito do aplicativo, seja para aumentar a produtividade da equipe, automatizar processos, se aproximar dos clientes ou fortalecer a marca.

Além disso, para o especialista, o Flutter, plataforma de Interface Development Environment (IDE), está ganhando cada vez mais espaço e mais adeptos, devido às vantagens na construção e compilação dos códigos, gerados para as frentes iOS e Android simultaneamente.

Segurança dos aplicativos

No quesito segurança, Bretones destaca que ambos os sistemas seguem boas práticas. Contudo, o Android, por ser uma plataforma de código aberto, permite com que o usuário tenha mais controles das funcionalidades do aparelho, como por exemplo saber quando o cartão foi clonado, além da facilidade de descompilação de código e customização, diferentemente do iOS.

Devido à abertura do Google aos fabricantes de smartphones, o Android é o sistema operacional mais utilizado no mundo, mas o iOS ainda é muito cobiçado pelo público.

“Sempre é bom analisar as vantagens e desvantagens de cada um na hora de decidir qual smartphone comprar, e para quem for programador de aplicativos, é importante buscar entender as melhores ferramentas para gerar o produto digital desejado para impactar os usuários finais positivamente”, finaliza.