33Giga Tecnologia para pessoas

Negócios

Algoritmos de contratação: o que são e como adequar o CV a eles?

*Por Ana Cristina Moraes, instrutora de RH na Udemy Business

Atualmente, os algoritmos de contratação em um processo seletivo fazem parte de boa parte das etapas. A inteligência artificial não mais apenas seleciona os currículos, mas também faz o agendamento das entrevistas e o relacionamento com os candidatos, por exemplo.

Leia mais:
9 dicas para se dar bem no LinkedIn
Saiba como se preparar para uma entrevista de emprego online

No entanto, como outras tecnologias, nem sempre os algoritmos funcionam da melhor forma possível – e podem acabar deixando bons candidatos de fora da corrida. Por isso, é importante que os profissionais entendam como esses recursos funcionam, para poderem adequar os currículos e perfis no LinkedIn a eles e, assim, terem mais chance de conseguir o emprego.

No caso da seleção de candidatos, existem ferramentas que analisam currículos por meio de palavras-chave e, depois, os classificam. Elas são conhecidas como applicant tracking systems – sistemas de rastreamento de candidatos, em português.

O intuito desses algoritmos de contratação é tornar a seleção mais inteligente, identificando pessoas adequadas às vagas, com maior rapidez e assertividade, facilitando o trabalho humano. Porém, uma queixa frequente dos candidatos é que, apesar de eles terem as qualificações necessárias para um posto, não são selecionados. Isso pode acontecer se o sistema não identificar determinadas palavras-chave no perfil.

Há algumas formas de contornar isso. Por exemplo, no LinkedIn, o profissional pode incluir no título do perfil palavras relacionadas à sua área, aos conhecimentos específicos que tem e às técnicas, às metodologias e aos sistemas que domina. Dessa forma, o título do perfil de um profissional da área financeira poderia ser algo como: “Economista | Administrador | Finanças | Controladoria | Serviços”. Isso também vale para os currículos.

Outra dica para ser melhor avaliado pelos algoritmos de contratação é sempre incluir no currículo, no LinkedIn e em perfis em sites de vagas os seguintes campos: dados pessoais, objetivo, perfil (um pequeno resumo da experiência profissional), histórico profissional, informações acadêmicas e cursos extras. Se houver, publicações e trabalhos voluntários. O conteúdo deve ser exibido exatamente nesta ordem.

Templates de currículo artísticos ou em colunas, apesar de serem bonitos, podem dificultar a leitura das informações por parte das ferramentas de inteligência artificial. Por isso, devem ser evitados.

Além disso, no LinkedIn, outras ações podem deixar o candidato mais em evidência para os algoritmos de contratação. Entre elas: receber recomendações de ex-colegas de trabalho, expandir a rede de conexões frequentemente, escrever artigos, postar, comentar e curtir posts. Tudo isso é avaliado pelo social selling index, o índice usado pela rede social para medir a participação dos seus usuários. Há também a opção de o profissional deixar claro para os recrutadores que está buscando emprego.

Quer ficar por dentro do mundo da tecnologia e ainda baixar gratuitamente nosso e-book Manual de Segurança na Internet? Clique aqui e assine a newsletter do 33Giga