Nas últimas semanas, boatos relacionados ao novo coronavírus ganharam destaque nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp. Além de ajudarem a propagar a desinformação, alguns materiais podem ser perigosos (como os que dão dicas falsas sobre como combater a covid-19 com tratamentos alternativos).
“A pandemia iniciou novos tipos de fake news na internet. Muita gente está se aproveitando disso. Inclusive, para fazer politicagem”, explica Gilmar Lopes, especialista em checagem de fatos desde 2002 e fundador do site E-Farsas.
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O cenário dos boatos sobre o novo coronavírus
Atualmente, o cenário das notícias falsas relacionadas à pandemia da covid-19 pode ser dividido em fases. “A primeira foi quando o vírus estava só na China. As pessoas espalharam materiais dizendo que todos do país estavam morrendo e que não sobraria ninguém. Começaram até a divulgar fotos de pessoas caídas no chão e vídeos de gente desmaiando na rua. Entretanto, essas imagens não tinham nada a ver com o coronavírus. Elas eram antigas e foram tiradas de contexto”, destaca Gilmar.
Na segunda fase, começaram a surgir boatos de que a China criou o novo coronavírus com a intenção de espalhar a doença pelo mundo para controlar ou acabar com a economia. Apesar da falta de provas e das explicações vagas, a teoria ainda é defendida por muitas pessoas, inclusive, por figuras importantes do governo dos Estados Unidos.
A terceira etapa do cenário tem a ver com a chegada do vírus a outros países e ao Brasil. “As histórias que circulavam na internet diziam que não era tudo isso, que era fraco e parecia com uma gripezinha. Elas defendiam que ninguém precisava se preocupar”, destaca Gilmar. “Depois, começaram a dizer que os governadores estavam criando notícias sobre mortes por coronavírus e enterrando caixões vazios com o objetivo de aumentar os números de óbitos e prejudicar o governo federal”, completa.
O E-Farsas checou a informação e descobriu que os materiais usados para propagar a notícia dos caixões eram de 2017. Eles não tinham relação alguma com a pandemia. “Recentemente, uma mulher que ficou bastante conhecida nos grupos de WhatsApp por compartilhar que os cemitérios de Belo Horizonte (MG) estavam sendo usados para enterrar caixões vazios teve que pedir desculpas publicamente por ter mentido. A polícia foi atrás dela e ela se meteu em uma encrenca bem grande por espalhar essa desinformação”, destaca.
A última fase relacionada à disseminação de boatos sobre o vírus tem a ver com a cura do coronavírus. As mensagens espalham uma série de métodos suspeitos e ineficazes, como tomar chá de limão e fazer gargarejo com alho.
Brasil não está sozinho
Apesar de desmentir notícias que circulam no Brasil, Gilmar está sempre de olho nas agências de checagem de fatos de outros países. “Não é só brasileiro que gosta de espalhar fake news. Pessoas do mundo inteiro fazem isso. Muitas vezes, sem saber”, afirma.
Uma notícia que viralizou em inglês ou francês, por exemplo, pode chegar ao Brasil, em português, após algum tempo. Nesses casos, alguns detalhes são sempre adaptados e localizados à realidade do País.
“Um bom exemplo é o caso da cloroquina. O assunto surgiu com um médico cientista francês, que fez pesquisas sobre o tema e chegou a resultados favoráveis. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gostou da publicação e, mesmo sem mais dados para comprovar a eficácia do medicamento, começou a espalhar isso como se fosse a cura definitiva para o novo coronavírus”, comenta o fundador do E-Farsas.
Quando o tema chegou ao Brasil, houve ainda uma confusão com o nome, já que muitas pessoas começaram a confundir cloroquina com hidroxicloroquina. “A história ganhou uma proporção tão grande que rendeu até uma notícia falsa dizendo que a água tônica, por ter quinino, um produto derivado da cloroquina, serve de remédio para combater o vírus. Depois, uma moça que ajudou a espalhar o boato no WhatsApp gravou uma mensagem dizendo que era brincadeira. O problema é que o estrago já tinha sido feito, e o vídeo com a informação falsa teve milhares de compartilhamentos”, ressalta Gilmar.
Como reconhecer uma notícia falsa?
Normalmente, as fake news apresentam elementos característicos. Um dos fatores é que, geralmente, esse tipo de conteúdo não é datado. Portanto, a pessoa que recebe a mensagem tende a compartilhar achando que é algo recente.
“Outra caraterística é o tom conspiratório. Normalmente, esses textos falam que pouca gente tem conhecimento sobre o assunto e incentivam as pessoas a repassarem rápido, antes que o conteúdo seja retirado do ar pelo governo ou qualquer outra instituição que não quer que a população tenha acesso às informações”, destaca o especialista em checagem de fatos. “As fake news também tendem a usar letras em caixa alta e muitos emojis para chamar atenção”, completa.
Outro fator importante é que as notícias falsas não costumam ter fontes. “Para entender melhor e fazer um contraponto, você pode abrir uma reportagem em um jornal sério qualquer. Na página, será possível observar fatores importantes, como a data em que o material foi publicado, o nome do repórter que escreveu e todas as fontes que ele usou para levantar as informações que estão no texto”, diz Gilmar.
Combate à desinformação
Algumas plataformas da internet já adotaram medidas especiais para tentar diminuir a propagação de notícias falsas sobre a pandemia. O Twitter, por exemplo, está excluindo posts com informações mentirosas. Já o WhatsApp limitou a quantidade de contatos que podem ser selecionados na hora de encaminhar uma mensagem.
Para Gilmar, o combate às notícias falsas na internet ainda é um assunto complicado. Atualmente, esse tipo de informação é analisado por algoritmos, que não conseguem detectar o contexto da publicação, um sarcasmo ou uma ironia.
Ele cita um exemplo de falha que aconteceu com o E-Farsas em 2019, quando uma ponte desmoronou no Rio de Janeiro e os governantes levaram meses para consertá-la. Por causa disso, começou a circular nas redes sociais uma história dizendo que um viaduto que caiu no Japão foi reconstruído em apenas três dias. Só que a história não era real. O Japão realmente reconstruiu a ponte com muito mais agilidade que o Rio de Janeiro, mas não em tão pouco tempo.
“Fizemos um post desmentindo isso no E-Farsas e colocamos no Facebook. A plataforma se confundiu, achando que a gente estava espalhando a notícia falsa, e bloqueou o conteúdo”, afirma o profissional. “O mais engraçado de tudo isso é que o verificador que analisou a postagem usou a minha própria publicação do E-Farsas como fonte para provar que a história da ponte japonesa era falsa”, completa.
Gilmar acredita que a curadoria humana seria uma boa pedida para combater a desinformação com mais eficiência. Entretanto, a possibilidade de bloquear um conteúdo e acabar comprometendo o que uma pessoa tem a dizer também é preocupante. “Cercar demais pode acabar esbarrando na liberdade de expressão. As pessoas podem confundir o direito de falar, mesmo que estejam compartilhando algo que não é necessariamente verdade, com o bloqueio total de não poder dizer nada que não seja comprovado como verdadeiro. É uma balança muito difícil”, comenta.
Nem só de boatos vive a internet
Apesar de ser uma ferramenta muito usada para propagar desinformação, a internet também é uma arma poderosa para ampliar o conhecimento das pessoas. “A web tem muitas iniciativas bacanas. O biólogo Atila Iamarino, por exemplo, está fazendo um trabalho muito legal com explicações sobre o novo coronavírus e dicas de prevenção. Além disso, há cursos online que podem ser feitos sem sair de casa e lives que oferecem entretenimento. Elas são boas opções para ajudar na saúde mental das pessoas que não estão acostumadas e ficar tanto tempo sem ir para a rua”, destaca o profissional.
Ele acredita que, quando a pandemia passar, a internet vai continuar sendo uma ferramenta de trabalho essencial. “Muita gente entendeu que dá para trabalhar de casa. Uma pessoa que pegava duas horas de condução todos os dias, por exemplo, percebeu que pode ficar em casa e produzir exatamente a mesma coisa”, explica Gilmar. “Os serviços de streaming também devem crescer muito, assim como o ensino a distância. Acredito que ele vai continuar sendo usado mesmo após a necessidade de distanciamento social”, completa.
Quanto aos boatos, o criador do E-Farsas defende que ainda haverá uma longa batalha no mundo online. “Entretanto, o assunto está tão em alta que a tendência é de que as pessoas fiquem mais espertas e não caiam mais tão facilmente nessas desinformações”, finaliza.
Os absurdos que rolam na internet não têm data para aparecer e ainda podem permanecer na rede por anos, enganando novos usuários a cada vez que pipocam. Para relembrar os mais populares, o 33Giga separou algumas das maiores farsas que já foram veiculadas pela web. Para conferir a legenda, clique nas imagens.
Pabllo Vittar foi longe demais: A cantora é vítima constante de boatos propagados pela internet – e, principalmente, pelo WhatsApp. A grande maioria das notas a respeito dela são absurdas. Entre as mais famosas, estavam as ligadas às eleições de 2018. Desde a afirmação de que ela sairia do Brasil se Bolsonaro vencesse até que ela se lançaria candidata. Outra que circulou muito foi que a Coca-Cola havia tido prejuízo por colocar a foto da artista em suas latas. A informação de que ela estamparia notas de reais também foi outra bem disseminada. Tudo lorota. | Crédito: Reprodução WhatsApp
Compartilhe para ajudar: Não precisa depositar dinheiro ou levantar do seu sofá para ajudar uma pessoa doente ou que sofreu algum abuso. Basta compartilhar uma publicação no Facebook que a própria rede social faz isso por você. Esse tipo de post vive pipocando pelas redes sociais. Neste exemplo, um troll usou o personagem de Hugh Jackman, em Logan, para pregar uma peça nos usuários. O mesmo vale para histórias de crianças desaparecidas e doentes. | Crédito: Reprodução Internet
Pague se quiser usar: Se você não quiser perder acesso a uma rede social, tudo o que você precisa fazer é se tornar um membro premium da plataforma. Ou seja, é necessário pagar uma taxa camarada para continuar o uso. Mas você pode driblar a nova regra ao compartilhar uma publicação em seu Facebook ou repassar o recado pelo WhatsApp. | Crédito: Reprodução Internet
Batizados em homenagem à web: Hashtag, Harlem Shake e até Facebookson. Não é incomum encontrar notícias de crianças que ganharam nomes em homenagem à internet. Embora não seja completamente improvável que exista alguém no mundo batizado com tal alcunha, a maioria das publicações compartilhadas são apenas boatos. | Crédito: Reprodução Internet
MoMo: O boato é que a MoMo, personagem de um vídeo que aparece no YouTube, ensina crianças a se matar. Sempre que a mentira volta a circular, há pânico e histeria entre pais e adultos. Mas, na prática, nunca houve um registro de alguém se suicidando por conta da personagem. Saiba mais sobre o caso em http://bit.ly/2FFG9RE. | Crédito: Reprodução Redes Sociais
Teoria da Terra Plana: A ideia não surgiu na internet, mas se popularizou rapidamente por conta dela. De acordo com os defensores dessa tolice, a Terra não é esférica, mas plana. Alguns defendem que a Bíblia dá sinais de que o planeta é achatado. Ainda de acordo com terraplanistas, a NASA esconde a verdade. Nem as centenas de fotos do espaço conseguem fazê-los "acreditar" no heliocentrismo. | Crédito: Reprodução YouTube
Coreia do Norte campeã mundial: A Coreia do Norte é vencedora da Copa do Mundo 2014. Com uma campanha perfeita, vencendo todos os jogos, o país conquistou o tão cobiçado troféu, para a alegria dos seus habitantes. Tal notícia foi divulgada pelo canal Korea News Backup, do YouTube. A ideia de que Kim Jong-un estava manipulando sua população logo se espalhou pelo mundo. Entre os jornais que divulgaram o escândalo estavam O Globo, Metro UK e The Wall Street Journal. Mas tudo não passou de uma brincadeira do site Não Salvo e seu criador Maurício Cid. | Crédito: Reprodução Internet
Seu Barriga morreu: Vale lembrar que o viral da Copa do Mundo coreana não foi o primeiro boato espalhado por Maurício Cid. Em 2012, o blogueiro divulgou que o Seu Barriga, do seriado Chaves, tinha morrido. A ideia surgiu no evento Campus Party, quando o criador do Não Salvo disse que conseguiria mostrar como uma notícia, veiculada por muitas pessoas na web, pode se tornar verdadeira em poucos minutos. | Crédito: Reprodução Internet
“Se vocês soubessem ficariam enojados...”: Se o Brasil perdeu a Copa do Mundo ou seu time favorito amarelou na final da Libertadores, é bem provável que ele tenha vendido o campeonato. E-mail clássico que começou a circular em 2002, toda vez que a população brasileira se decepciona com seus ídolos, uma nova versão é divulgada. As opções vão desde o Anderson Silva ter vendido o cinturão do UFC até o Brasil ter negociado a coroa de Miss para a organização do evento. Aqui você encontra uma coletânea deles: https://goo.gl/p9iMX8. | Crédito: Reprodução Internet
Fim do mundo: Entre tantas balelas que surgem e morrem na internet, o fim do mundo é um dos assuntos que ganha sobrevida e teorias a cada ano. Tem gente que previu o fim do mundo por asteroides em 16 de fevereiro de 2017. Já a seita religiosa eBible Fellowship fez cálculos de que o planeta Terra deixaria de existir em 7 de outubro de 2015. Embora ambos os boatos estivessem errados – claro –, isso não impede que novas histórias apareçam na web de tempos em tempos. | Crédito: x-ray delta one via VisualHunt / CC BY-NC-SA
Moto movida a água: A história de um aposentado na cidade de Itu (SP) que criou um motor que funcionava com água do Rio Tietê e fazia mais de 500 quilômetros com um litro invadiu a internet em 2015. Amplamente compartilhado e divulgado em portais de notícia, não demorou muito para investigarem a fundo o caso e descobrirem que era uma farsa. Isso porque a bateria da moto precisa ser recarregada para que o sistema funcione de fato. | Crédito: Reprodução Internet
Estátua viva de Jesus: O vídeo de uma estátua de Jesus Cristo abrindo os olhos foi compartilhado pelo YouTube. O flagra foi feito em uma igreja de Coahuila, no México, e atraiu mais de 5 milhões de visualizações. A atividade paranormal com uma trilha sonora macabra foi logo desmentida. Isso porque o vídeo dá vários indícios de ter sido manipulado. Imagens desfocadas e de baixa resolução são alguns dos exemplos. Confira a cena na íntegra em https://goo.gl/VRteIP. | Crédito: Reprodução Internet
Gatos Bonsai: Em 1999, um e-mail contava a história dos gatos que eram cultivados dentro de garrafas. O boato se espalhou de tal forma que boa parte dos internautas chegou a achar que era verdade. A mensagem dizia que, ao nascer, o animal possui ossos frágeis, por isso pode ser moldado em qualquer formato. Na época, o FBI chegou a investigar o caso a fundo, mas constatou que a história era uma farsa. | Crédito: Reprodução Internet
Tourist Guy: Meses após o ataque às Torres Gêmeas, foi compartilhada uma foto de um turista no topo do World Trade Center antes dos aviões colidirem. Os últimos minutos de vida do rapaz foram motivo de comoção pelo Brasil e mundo. A imagem até foi divulgada em grandes veículos de comunicação. Acontece que ela era falsa. Foi apenas uma brincadeira de mau gosto. O mais curioso é que um brasileiro disse que era ele na fotografia. Pegadinha do Mallandro! Era um húngaro. | Crédito: Reprodução Internet
Indenização da Apple: Um tribunal condenou a Samsung a pagar mais de US$ 1 bilhão por violar patentes da Apple. Até aí, a história é verdadeira. A mentira que se espalhou na internet dizia que a multa foi paga com moedas de US$ 0,05. Para isso, a sul-coreana teria mandado 30 caminhões carregados para a sede da maçã, onde despejou cerca de 20 bilhões delas. | Crédito: puffclinty via VisualHunt.com / CC BY-NC-SA
Terceiro seio: Uma jovem norte-americana se transformou em um viral da internet após implantar um terceiro seio e dizer que gastou US$ 20 mil na prótese. A garota foi desmascarada depois de ter sua bagagem roubada no Aeroporto Internacional de Tampa, na Flórida (EUA). Após prenderem os suspeitos, a polícia local revelou que encontrou a prótese falsa na mala. | Crédito: Reprodução Internet
Raios cósmicos afetam celulares: Um alerta da NASA dizia que durante o período da 00h30 às 3h30 de determinado dia era necessário desligar os aparelhos mobile e mantê-los longe do corpo. Isso porque os raios cósmicos iriam aumentar a radicação dos dispositivos e se tornariam prejudiciais para o ser humano. A história da carochinha começou a circular em 2008, mas teve sobrevida em 2010, 2013 e 2015. | Crédito: siraf72 via VisualHunt / CC BY
Celular pipoqueira: A radiação gerada por um celular é tão forte que é capaz de estourar um milho. Pelo menos é o que tenta comprovar um vídeo do YouTube que circula desde 2008. Nele, um grupo de amigos faz um círculo com alguns aparelhos e colocam milhos no centro da roda. Quando os telefones começam a tocar, os grãos estouram e viram pipoca. Porém, o vídeo não passa de uma brincadeira. Confira a trollagem aqui: https://goo.gl/dSAh6r. | Crédito: theglobalpanorama via Visualhunt / CC BY-SA
Brasil sem Amazônia: Desde 2000, circula pela internet uma ilustração que teria sido retirada de um livro de geografia norte-americano. Nela, a área que representa a Amazônia está marcada como um território internacionalizado. Apesar de ainda causar indignação em internautas desprevenidos, o e-mail não passa de um trote. | Crédito: Reprodução Internet
Sereia no Taiti: Esse boato surgiu em 2006 e dizia que o esqueleto de uma sereia tinha sido encontrado no Taiti, um grupo de ilhas que pertence à Polinésia Francesa. Porém, a criatura mitológica não passava de uma criação de taxidermia. Ela era metade macaco e metade peixe. Essas “sereias” existem desde 1842. Elas eram feitas nas ilhas Fiji, mas foram trazidas para os Estados Unidos para participar de uma espécie de freak show. | Crédito: Reprodução Internet
Golpe da Nigéria: Neste golpe, que se tornou popular no início dos anos 2000, o internauta recebe um e-mail de um cidadão – geralmente africano – que se diz herdeiro de uma enorme fortuna. Depois de contar uma história qualquer, ele pede para que o internauta faça um depósito em dinheiro em sua conta para ajudá-lo a desbloquear a grana. Em troca, o nigeriano dividiria com a pessoa sua herança, tão logo a tivesse em mãos. | Crédito: Reprodução Internet
Vírus que podem destruir seu PC: Nos primórdios da internet, e-mails circularam dizendo que o arquivo “jdbgmgr.exe”, que possui um ursinho como ícone, era um vírus e que deveria ser apagado imediatamente do computador. O problema é que o executável não era malicioso, mas um componente necessário do Windows. Ao deletá-lo, o PC entrava em pane. | Crédito: Drew Coffman via VisualHunt / CC BY
Tráfico de órgãos: Mais uma lenda urbana do que um boato virtual, nessa história um sujeito entra no bar, bebe umas cervejas e conhece uma garota, que o leva para sua casa. Ele só acorda no dia seguinte em uma banheira com gelo e uma cicatriz no abdome: mais uma vítima do tráfico de órgãos. Tal rumor começou a ser espalhado por e-mail e ainda é possível encontrá-lo em correntes por WhatsApp e Facebook. | Crédito: r.campana via Visualhunt.com / CC BY-NC
Laranjas com HIV: Um lote de laranjas vindas da Líbia estavam contaminadas com o vírus da AIDS. Quem ingerisse a fruta iria contrair a doença. Para tornar a história mais crível, há uma imagem com um gomo mais avermelhado. Jornais e portais pesquisaram a notícia e descobriram que a transmissão seria impossível. Isso porque o vírus considera a fruta um “ambiente inóspito”, em que ele não consegue sobreviver. A lenda ganhou fama em outros países, como Egito e Holanda. | Crédito: Nicholas Erwin via Visualhunt / CC BY-NC-ND