Em março de 2025, a Logitech trouxe ao Brasil novidades da Ultimate Ears, marca norte-americana de áudio. Entre elas, a caixa de som WONDERBOOM 4. Embora seja o mais barato da linha – e mesmo assim, com o salgado preço sugerido de R$ 599,90 –, o produto contempla uma série de recursos premium. O maior destaque deles está no Modo Podcast, especialmente projetado para evidenciar a voz.

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Primeiras impressões

A WONDERBOOM 4 agrada logo de cara pelo design simpático. O modelo recebido para testes do 33Giga era na cor cinza, mas é possível encontrá-lo também em preto, azul ou rosa. Compacto e arredondado, com apenas 10,4 cm de altura, sendo bastante similar a uma caneca, é revestido em tecido que parece resistente e tem as extremidades emborrachadas, feitas com plástico reciclado de produtos eletrônicos em fim de vida.

É importante ressaltar que a caixa de som contempla a classificação IP67, que garante resistência a poeira, sujeira e água. O grande destaque, contudo, é que a WONDERBOOM 4 flutua. Isso significa que é possível levá-la para a piscina, praia, trilha ou para o chuveiro. Também é projetada para suportar quedas de até 1,5 metro.

Em relação aos comandos, o produto vem com poucos botões. No topo, encontram-se três: ligar/desligar, pareamento e pause/play ou próxima faixa (um toque para o primeiro e dois para o segundo). Na parte frontal, estão as teclas de volume, e na inferior, a que ativa os modos Padrão, Outdoor Boost ou Podcast.

É importante destacar que, com exceção dos botões gritantes de volume, nenhum apresenta marcação intuitiva, o que isso significa que leva um tempinho para memorizar as funções. Na dúvida de como cada um deles funciona, no entanto, dá para consultar o guia de início didático que acompanha o kit.

Na prática

Nos testes do 33Giga, bastou um único toque no botão de pareamento para a WONDERBOOM 4 se conectar, de maneira rápida, a um iPhone 15 e a um notebook Windows. E, assim, uma vez sincronizada, a caixa de som já pôde ser usada.

O áudio é claro e sem distorções, independentemente do volume, que, aliás, é potente. Com 60% da capacidade, o produto foi capaz de cobrir bem um apartamento de 90 metros quadrados. Também há reprodução em 360 graus e destaque para os graves – as batidas eletrônicas de Make Ya Body Whistle, da parceria entre DEV e The Cataracs, por exemplo, ficaram bastante realçadas.

O grande diferencial do produto, contudo, está nos dois modos de áudio personalizados: Outdoor Boost expande o som para cobrir ambientes abertos e evidencia agudos e Podcast foca a voz e diminui os barulhos externos. Ambas as funções funcionaram muito bem nos testes do 33Giga.

Um recurso que não foi possível testar, por sua vez, é a possibilidade de sincronizar uma segunda unidade WONDERBOOM 4 ou WONDERBOOM 3 para reproduzir o mesmo áudio ou separar lados esquerdo e direito para dois canais. A redação do 33Giga não pôde testar a eficiência porque apenas uma caixa foi enviada para avaliação.

Em relação à bateria, o produto apresentou autonomia média de 14 horas. Para carregá-lo, foram necessárias cerca de 2 horas na tomada. Um cabo com uma ponta USB-A e outra USB-C acompanha o kit, mas ele é relativamente pequeno – apenas 70 cm. Não há plugue de tomada.

Raio-X da WONDERBOOM 4

• Conexão: Bluetooth 5.2
• Alto-falantes: dois drivers ativos de 40 mm e dois radiadores passivos de 46,1 mm x 65,2 mm
• Potência de som: 86 dBC (normal) e 87 dBC (exterior)
• Duração da bateria: até 14 horas
• Dimensões (L x A x P): 9,53 x 10,4 x 9,53 cm
• Peso: 420 gramas
• O que anima: design simpático, formato compacto e resistente, três modos de áudio, autonomia de bateria
• O que decepciona: preço, botões sem marcação, não tem microfone
• Preço: R$ 599,90
• Site oficial: https://bit.ly/3EsBdCc

Faz falta

Apesar de todo o potencial de áudio, a WONDERBOOM 4 peca por não contemplar algumas funções que podem ser encontradas em concorrentes diretos, a exemplo da JBL Flip 6. A principal delas é que não há microfone embutido. Isso significa que não é possível atender a chamadas – e menos ainda dar comandos de voz para assistentes virtuais.

Outros pontos negativos são a falta de um aplicativo para personalizar o áudio conforme o gosto do usuário e botão para poder voltar à faixa anterior.

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