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Telemedicina veterinária: entenda como funciona na prática

*Por Lucas Guedes // A publicação da resolução que regulamenta o uso da telemedicina no Brasil tem dividido opiniões no campo da veterinária e no mercado pet – e isso é absolutamente normal.

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Independentemente do setor, quando novas regras ou normas são publicadas por um órgão público, é comum – e saudável – que existam pensamentos divergentes entre profissionais e empresários do ramo.

O fato é que mudanças sempre dão o que falar. Por isso, considero importante que o tema seja amplamente discutido, de modo que a adaptação à nova modalidade de atendimento seja benéfica para todos os envolvidos.

Durante o período de isolamento provocado pela pandemia, a telemedicina se popularizou. Não por acaso, recentemente, foi regulamentada pelo Estado.

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Também é verdade que a telemedicina voltada para os animais ainda levanta muitas perguntas, o que expõe a necessidade de identificar o que é mito ou verdade sobre o assunto.

A telemedicina democratiza o acesso ao atendimento especializado

Verdade. Em um país tão grande como o Brasil, muitos lugares de difícil acesso ficam à margem do atendimento de saúde.

Nesse sentido, acredito que a telemedicina veterinária tem o poder de quebras as barreiras geográficas, proporcionando bem-estar para pets que antes não teriam condições de serem levados a um consultório.

Hoje, fica claro que a democratização do acesso à saúde passa pelo bom uso da tecnologia.

O atendimento presencial será substituído pela telemedicina

Mito. De acordo com a própria resolução que regulamenta a telemedicina veterinária, o atendimento presencial é o “padrão ouro para a prática de atos médicos veterinários”.

Fica a critério do profissional, baseado nos padrões técnicos e éticos que regem a atividade, se o caso permite uma consulta online, ou se há necessidade de atendimento presencial. Logo, a telemedicina vem para ser mais um apoio para o bem-estar animal, e não para acabar com as consultas presenciais.

A telemedicina contribui para educar os tutores

Verdade. É muito comum que um tutor procure por respostas sobre o comportamento do seu pet na Internet. E, como bem sabemos, o ambiente digital não é dos lugares mais confiáveis para se obter informação de qualidade.

Por isso, a telemedicina é um fator positivo para a educação dos tutores. Agora, ao invés de pesquisar no Google, o tutor poderá tirar as suas dúvidas diretamente com quem sabe de verdade do que está falando: o médico veterinário.

A telemedicina só deve ser usada em casos de emergência

Muito pelo contrário. A telemedicina é perfeita para o bem-estar proativo do pet, promovendo cuidado contínuo de problemas crônicos, com check-ups anuais, consultas de acompanhamento e muito mais. Em casos de emergência, a telemedicina também pode ser determinante para o atendimento.

Com certeza, os benefícios das consultas online vão muito além do socorro em casos de emergência.

A regulamentação da prática abre caminho para mais avanços

Verdade. Agora que a telemedicina é autorizada pelos órgãos responsáveis, o setor tem tudo o que precisa para crescer de maneira estruturada. Uma vez que a regulamentação significa um avanço para a saúde do animal, não há dúvidas de que muitos pets e tutores serão beneficiados pela resolução.

Por fim, é importante reforçar que a telemedicina veterinária é apenas um primeiro passo, de modo que é preciso inovar e pensar em formas de potencializar o uso da medicina, para que a sociedade como um todo seja impactada positivamente. São inúmeras as possibilidades que a modernização do setor proporciona para a melhoria do bem-estar, tanto animal, como humano.

*Lucas Guedes é CEO e fundador da Vets