Ciência
Resumão da Semana: O curioso caso do dinossauro que comeu Adão – e teve azia

- Créditos/Foto:DepositPhotos
- 03/Julho/2025
- Sérgio Vinícius
Esses dias, me senti (senti-me?) em um episódio de Além da Imaginação.
– Qual deles?
– Qualquer um. Tudo é igualmente plágio de A Chave Mestra.
– Mas A Chave Mestra veio depois.
– Sim, é como se ela mesma estivesse em um episódio de Além da Imaginação. Um que o tempo passa de forma diferente e quem a plagia (plageia-me?) veio antes. No final, quem tá morto acha que tá vivo e quem tá vivo sente como se a alma tivesse saído do próprio corpo. Termina com o Stênio Garcia sem camisa.
– Confuso, não?
– Não para quem viu A Chave Mestra. Ou qualquer outro filme da história, dado que…
– Já entendi. Acho.
– Me senti senti-me! Me senti senti-me! Me senti senti-me!
– Que é isso?
– Sei lá, acho que vou adotar como bordão.
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Bom, recentemente, precisei chamar um camarada da Telerj, que eu não posso admitir que seja da Telerj prestador de serviços da Porto Seguro e ele tinha exatamente o mesmo nome que eu. Igualzinho.
Olhei duas vezes no chamado, para ter certeza.
Como tenho cinco nomes (seis, se contar o de entre o Saraiva e o Araújo), achei coincidência demais. E, imediatamente, fiquei sem saber como chamá-lo, quando chegasse.
Xará? Sergião Vinicião? Brother? Ô óme!?
Como não sou dado a intimidades, passei boa parte da manhã chamando-o de Sessé e perguntei a origem dos nomes tudo. Ele disse que a mãe havia lido em um livro, quando criança, e tinha gostado muito. Perguntei qual e ele não lembrava.
Logo, enveredamos pelas coincidências da vida.
Falei sobre como meu nome – nosso, no caso – vinha de um romance russo, no qual o personagem principal chamava Serguei e coisa e tal. O homem parecia interessado, embora, às vezes, fizesse uma cara de dúvida e soltasse um “é mesmo?”.
E o Vinícius, expliquei, vinha de Lucius. Minha mãe gostou, meu pai foi registrar e, chegando lá, mudou porque achou uma boa ideia e tá tudo certo.
– Serguei Lucius virou Sérgio Vinícius?
– Opa.
– É memo?
Bom, trabalho terminado, paguei o bom homem. Mandei um “valeu, Sessezão” e ele se foi. Horas mais tarde, mandou mensagem esclarecendo que não era livro, mas um gibi que deu nome a ele.
No caso, Groo.
Eu li Groo inteiro umas 856 vezes e não lembro de um personagem chamado Sérgio. Mas, talvez fosse isso!, o autor é o Sérgio Aragonés. Se pans, a mãe era fã de Mad, do Ota, do Dave Berg e o Sérgio Vinícius da Porto Seguro talvez tenha dado sorte de não se chamar Alfred ou Welberson.
Se bem que Sérgio Vinícius é nome de despachante com 73 anos e jogador inveterado e já comecei a ficar na dúvida se ele deu sorte ou não.
Enfim, abri o app da Porto Seguro para resolver mais umas pendências com o Sérgio Vinícius da Mad e vi que devia ter conferido três vezes o nome antes dele chegar. Eu tinha lido o meu mesmo por engano e, por isso, achei que ele era meu xará.
Confundi tudo e ele deve ter me achado maluco. De qualquer forma, levou cinco estrelas pelo trabalho, o Rufferto.
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E já que falamos de Além da Imaginação, creio que é um momento propício para esclarecer que todo filme moderno é plágio, em maior ou menor escala, de A Chave Mestra. Corra, Parasita, Os Outros, Sexto Sentido, Quem Vai Ficar com Mary, todos do Leandro Hassun, Cinderela Baiana, Alucinações Sexuais de um Macaco, Escolinha do Golias – O Filme e a Dama da Lotação. (Nesse último caso, a peça, não. O filme, sim.)
Eu poderia falar horas sobre isso. Mas tenho preguiça e não sou pago para tal. Só adianto que basicamente tudo nesse mundo de meu Deus tem a ver com A Chave Mestra.
Afinal, a vida é repleta de velhinhos maquiavéliquinhos (maquiavelhinhos?), vudu é pra jacuzinhos e Kate Hudsonzinha.
Além do que, todos nós, como sabemos, estamos a 6 graus de separação dela e do Kevin Bacon. Darei um exemplo (como se precisasse e não estivesse na cara) trivial. Kate Hudson está conectada em seis graus à nossa querida Marcella Blass (olha ela de novo por aqui).
- Marcella conhece pessoalmente Junior, o da Sandy lá e o nome dele não tem acento, eu chequei;
- Junior sem acento conhece Rodrigo Santoro, que até aparece no documentário da dupla, dando um depoimento confuso sobre o mundo e ainda trabalhou com a menina em Estrela Guia;
- Rodrigão atuou com Jennifer Lopez em O Filho do Maskara (é, aqui tem cada coisa), que, por sua vez, contracenou com Matthew McConaughey em Encontro de Amor;
- E se tem uma coisa que o Matthew conhece bem é comédia romântica com Kate Hudson;
- Marcella e Kate apertam as mãos.
Dito tudo isso, sigo indignado por Corra ter levado Oscar de roteiro original sendo uma cópia barata – embora mais cara – de A Chave Mestra. Sempre que lembro disso, tenho vontade de pegar uma cartolina, escrever “Justiça Justiça” e ir aqui na Vera Cruz (Hollywood é muito longe) fazer piquete.
O foda é que a entrada da Vera Cruz é ao lado de um ponto de ônibus lotado e se eu chegar com essas faixas por ali, capaz de acharem que é protesto porque o 37 demora muito (Vila São José – Jordanópolis é complicado) e, quando eu perceber, estou participando de um filme tipo Velocidade Máxima sem a Sandra Bullock, sem bomba, sem Sonia Braga insinuante e ainda com uns pedaço de cartolina suado na mão e sem ter como me segurar dentro do busão.
Melhor aceitar que tudo é plágio de A Chave Mestra e ir dormir tranquilo.
–
Como você aborda, em um bar temático dos Simpsons, o vocalista de uma banda que você gosta sem parecer o Norman Bates ou outro stalker maluco?
( ) Você não é o cara do Maglore?
(x) Você não faz academia na Vila Mariana? Aliás, tem faltado, hein?
–
Por fim, até lá para o meio de agosto, vou pegar férias dessa newsletter e a turminha do 33Giga e Agência Entre Aspas (em geral e no particular) vai tocar essa bobajada semanal aqui. A reunião de pauta, inclusive, para decidir tudo isso foi meio caótica.
(Menos do que um depoimento do Russo Passapusso sobre o álbum Afro Sambas, mais que a zaga do Corinthians quando chove bola na área).
– Bianca e pessoal, seguinte. Vou fazer a grande farra octagenária com minha mãe em julho e preciso que alguém toque a newsletter.
– Posso pegar. Mas que tal todo mundo aqui também escrever?
– Hummm.
– Topo. Mas preciso de uma escala.
– Ai, ai.
– Falando em newsletter, acabo de receber um email com o título Dinossauros no Trem.
– Que?
– Colocaram uns dinossauros em uma estação de trem em Curitiba.
– Lembrei daquela música e agora não vai mais sair da minha cabeça: Vomitaram no Trem.
– Agora fodeu.
– Impregnou.
– O pior é que eu só lembro de quatro frases dessa música. E tô repetindo em looping.
– Só tem quatro mesmo.
– “E vomitaram no trem. Era só macarrão. Uns pedacinhos de carne. E uns pedaços de pão.”
– E acabou.
– Isso.
– Pra que mais?
– Poesia em seu auge.
– Minimalista.
– E dá para cantar a letra com “e dinossauros no trem”.
– “E dinossauros no trem. E era só Horacião. E Jurassic Park. E uns pedaço de Adão.” Isso considerando que nasceu Adão, foi comido pelos dinossauros e deu indigestão.
– Feito de barro e sem costela. Devia ser zuado mesmo. Dá refluxo.
– Melhor explicação possível. Dá pra usar na escola, para ensinar os alunos.
– Ensinar o quê?
– História, geografia e música. Se pans, culinária,
– Falando em culinária, será que chinês come panda? Eu experimentaria.
– Se eles confundirem com dálmatas, comem que é uma beleza.
E é por isso que, nas próximas semanas, vocês ficam com (habemus cronograma) essa news e seus respectivos autores:
11/07 – Paulo Basso Jr.
18/07 – Marcella Blass
25/07 – Bianca Bellucci
01/08 – Maria Beatriz Vaccari
08/08 – Beatriz Ceschim
Agora, vamos aos links da semana. Mas antes, talvez, uma das bandeiras mais bonitas de uma cidade brasileira. A de Campina Verde, com uma vaquinha estilo South Park.
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