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Resumão da Semana: Vamos à Disneylândia com o Polegar Vermelho?

Queria muito saber por que quase todas as imagens geradas em IA – além de toscas – ficam amareladas.

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Parece coisa de jornal velho. Com a diferença de não servir para embrulhar peixe, nem forrar gaiola ou colocar na boca de uma garrafa junto com uns trapos velhos, tacar gasolina, atear fogo e jogar na sede da OpenAI ou de alguma empresa do Elon Musk.

(E o pior é que amarelo é a cor mais feia que existe – ao lado de marronza e abóbora. Se IA ainda gerasse coisas laranjas – a tonalidade mais linda do mundo –, eu ainda passaria um pano. De leve, para não desbotar e deixar tudo amarelado de novo.)

Mas hoje não estou a fim de me estressar e quero falar sobre assuntos mais legais, como mortes em geral.

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Já pensou em ir à Disneylândia com o Chapolin Colorado?

Que bom. Então agora esquece.

Troca o parque do rato afacistado pela Copa do Mundo nos Estados Unidos. Tira o Polegar Vermelho e coloca o Paulo Basso Jr – vulgo PC – no lugar. Em vez de se locomover de avião, pega um motorhome e passa uns dias viajando.

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(Agora, um pouco de obituário, um pouco de droga, um pouco de salada)

Gosto muito – muito mesmo – de Beach Boys. E tenho uma não relação peculiar com Brian Wilson.

Quando se referem a ele, quase sempre vêm à minha mente quatro coisas aleatórias e elas nunca tem relação com o Pet Sounds. A primeira é que eu sempre acho/achava que o Brianzão já havia morrido – e, agora que bateu as botas mesmo, vou começar a pensar que tá vivo.

(Mais ou menos o que ocorre quando citam o Canarinho, da Praça é Nossa, e aquele fortão de peruca que o agarrava e o deixava com o braço falso dependurado. Nunca sei se ainda estão vivos, mortos ou brigando perto de um orelhão.)

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A segunda é que o filme preferido do homem é Norbit. Sim, ele tinha esquizofrenia, estava com uma doença semelhante à demência e, provavelmente, fizeram o famoso teste de Norbit para concluir tudo isso aí.

(Li também que, certa feita, deu uma entrevista de quase 30 minutos ao Álvaro Pereira Junior, o que deve ter ou contribuído para piorar sua condição ou reafirmado que a situação já estava completamente completamente). 

O trecho abaixo, de uma entrevista completa que nunca mais encontrei, sempre me fascina.

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NORBIT

Ao passo que a terceira é que ele achava Eagles bem meio meia boca – o que mostra que ele não estava realmente tão ruim da cachola.

(Parental Advisory: eu não tenho filhos. E mais: se você tem aversão a Eagles ou a qualquer caboclo do Eagles, pule os parágrafos abaixo e volte a ler após a próxima figurinha.

Eu tenho. Por isso, escrevi o que vem a seguir de olhos bem fechados. Mas com o coração aberto, que é o que importa nesses dias tão duros de meu Deus.)

Em algum momento sei lá eu quando, um caboclo do Eagles pintou cantarolando Hotel California nos bastidores de um show de Brian Wilson. Ele – o tal caboclo do Eagles, não o nosso Rubens Ewald Filho caiçara – estava com um Pet Sounds a tiracolo e pediu um autógrafo.

Brian meteu um “Ao caboclo do Eagles, obrigado por todas as grandes músicas”. Quando o caboclo do Eagles se virou para ir embora, recebeu um cutuco. Ni qui se virou, Brian pegou o disco de volta, riscou “grandes” e substituiu logo por “boas”.

(Poderia não ter riscado “grandes” e incluído um “merdas de” e o resultado seria bom. Mas é certeza que não se furtaria a escrever que tu é adevogado na sequência.

E a dedicatória “Ao caboclo do Eagles, obrigado por todas as grandes merdas que tu é adevogado de músicas” ficaria enigmática demais. Embora justa. )

Pelo que me consta, o caboclo do Eagles se mandou rapidamente, antes de uma segunda revisão de Brian, de um segundo cutuco e do “boas” ser riscado e substituído por “intragáveis”“maquetrefes” ou “boa mesmo é aquela do tive, tive, detetive. E o seu é despachante”.

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Por fim, o quarto motivo é que já tive uma banda imaginária chamada Brian Wilson Fittipaldi Vive?. O conceito era meio estranho e creio que não vem bem ao caso. Mas envolvia um cachorro latindo nos vocais.

(Também já atuei na Idi Amin Jingles, ao lado do bom e velho Binson, com quem ainda tive outra bela banda imaginária, essa com uma vida mais longa e de mais sucesso, a Afanásio Jazadji é Rei

Afanásio, aliás, era quase uma superbanda, com o PC fazendo performance, mímica e algodão doce em uma jaula. A gente tinha até uma banda arqui-inimiga de mentirinha, a Sucessores de Mozart, com um Sósia do PC em outra jaula, comendo algodão doce e, por não ser mímico, latindo como um Dálmata. 

Nessa época, meu nome artístico era Gordinho Rockabilly. O do Binson, Careca Urbano. O do PC, Sósia do PC. Era tudo muito confuso.)

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Dito tudo isso, creio que é o momento de ir para os links da semana, dado que estou quase de luto. Afinal, Brian Wilson morreu e, ao mesmo tempo, vive. Assim como Canarinho, o fortão de peruca, os orelhões e, claro, o Castrinho.

Se Schrödinger vivo fosse (será que morreu mesmo?), ia faltar caixa para meter todo mundo dentro e a gente ficar do lado de fora apreciando a beleza da vida após durante a morte, sempre com um miado ao fundo.

Ou uma canção em forma de latido, diretamente da finada Brian Wilson Fittipaldi Vive?.

– Finada?
– Ou vive?
– Vive ou véve?
– Que?
– Vive ou véve. Qual é o correto?
– Véve?
– Ou vive? Isso que queria saber.
– Vive?
– Tive, tive, tive. E o seu é despachante.

 

 

Ah, os links

 

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