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Resumão da Semana: Eu casei com um poodle

O nome dessa coluna seria, originalmente, Erramos – e ela não tem nada a ver com meu casamento ou com poodles.

Mas pensei em mudar enquanto estava varrendo a casa e me enrosquei em tanto cabelo – da Camila, claro – pelos cantos que me senti em um episódio do Capitão Caverna. Além disso, o título Eu casei com um poodle poderia atrair mais pessoas, curiosos em geral e adeptos de zoofilia em particular.

 

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De qualquer forma, vamos logo ao assunto da semana.

Erramos

Com exceção ao Professor Girafales, todo mundo erra.

Durante anos, por exemplo, acreditava que granola era algo de Deus. Somente recentemente descobri que é feita por humanos e não nasce em árvores.

O que, claro, não faz o menor sentido – por que diabos alguém inventaria granola?

Mal comparando, seria a mesma coisa de inventarem açafrão (esse, sim, espero, seja algo de Deus). Nunca ninguém disse “faltou açafrão aqui nesse arroz” ou “exageraram no açafrão”.

Açafrão só existe e deixa as coisas amarelas – talvez, bem talvez, tenha sido um dos responsáveis por descobrirem a América. Mas isso não tem a ver bem com seu sabor, acho. Era só uma especiaria no meio de outras tantas, que, essas sim, tinham algum gosto – e granola, pelo que apurei, não estava no meio, dado que foi inventada pelo Paulo Cintura*.

(*carece de fontes)

Aliás, quando descobri que granola não nascia em uma árvore granoleira, fiquei uma semana olhando para uma parede, sem saber o que falar e pensando na vida. Somente saí disso quando comecei a ver, nas infiltrações ali entre o teto e a parede, imagens sagradas de Nossa Senhora Aparecida ou de Jesus.

Enfim, algo no bolor me fez sair da catatonia – mais por medo e pela necessidade de consultar um oftalmologista do que qualquer outra coisa.

 

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Você vê o que eu vejo? Lesão da tribo de Judá

 

Mas voltemos aos erros e ao motivo desta newsletter, que já está ficando grande e sem sentido, quase se chamar Erramos.

Se equivocar faz parte da vida e é comum. Assim como errei no caso da granola, lembro quando defendi em São Bernardo inteira que o Messi não chegaria longe. E que o Cristiano Ronaldo era grosso. Enfim, erros (ou burrice).

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Houve a vez, por exemplo, em que recebi uma multa de trânsito e precisava indicar o motorista correto por meio de um papel assinado e enviado por carta. O endereço, para mandar via Correios, era do lado de casa.

Achei mais fácil entregar pessoalmente. 10 minutos de caminhada, se tanto.

Cheguei lá, com o papel devidamente amassado e assinado e meio suado, e não aceitaram. Insisti. Nada. Era só por carta, mesmo que entregassem EXATAMENTE onde eu estava. A conversa com o funcionário público foi mais ou menos o que se segue.

– Só por carta, amigão.

– Mas o Correio vai entregar aqui.

– Eu sei. Mas você não é o Correio.

– Ninguém é o Correio. No máximo, as pessoas são do Correio.

– E?

– E se eu estivesse de amarelo, um chapéu azul e uma sacolinha, você receberia?

– Possivelmente.

– E qual é a diferença de pegar esse papel agora?

– Você está de… Que cor é essa?

– Preto.

– Isso.

– Peraí, você não consegue identificar preto?

– Quê?

– Que o quê?

– Então, você está de er… preto?

– Sim. E?

– Tá longe do amarelo.

– Você identifica amarelo e não preto?

– Eu estudei.

– Tá. Mas veja. Eu posso ir aos Correios, colocar a carta lá. Mas aí alguém vai trazer e você vai pegar. Por que não agiliza o processo?

– Você está de preto. Não dá.

– Mas e se eu estivesse de amarelo?

– E se porco voasse, qual seria a velocidade média dele?

 

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Todo dia uma velocidade do porco diferente

 

Meu erro não foi não enviar a carta no correio ou levar lá diretamente. Foi tentar driblar a burocracia do funcionalismo público e contar com a boa vontade do rapaz do Detran.

Claro que, se eu tivesse colocado uma camisa lavada no açafrão, talvez e possivelmente, eu teria tido sucesso no destino das cargas. Nunca saberei, porque atravessei a rua (sim, tinha uma agência do Correio do outro lado) e coloquei o recurso na caixa.

Erros acontecem e é por isso que, finalmente, chegamos ao Erramosreal e oficial.

 

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A newsletter da semana passada – Neymar Hipotético – gerou um recorde de comentários dos leitores, intrigados com muitas questões e colocando alguns pontos interessantes. Reúno abaixo o que de mais curioso apareceu.

“Você inventou a Marcella?”

“Marcella é o Denner?”

“Marcella convenceria alguém a gostar de Smiths?”

“Eu pagaria (em barras de ouro) para saber a importância dos ciganos na economia das Lojas Americanas. Mas tem como me dizer de graça?”

“Essa newsletter virou um arquivo confidencial sobre mim – e você é o Faustão.”

“Por que vocês têm BlueSky?”

As questões acima serão respondidas a seu tempo. O ponto é que faz-se necessário um Erramos, aplicado à história da Marcella e o passarinho. Relembro abaixo, brevemente, o caso.

Certo dia, ela apareceu com um pássaro morto para trabalhar, dizendo que ele iria ressuscitar. Jogou o bicho em um canto e foi para sua mesa. 15 minutos depois, a ave voltou do além vida e, desesperado, começou a voar e cagar por toda a sala. 

Essa parte da história, além de Beatrix, teve uma quarta testemunha. Vamos chamar de Leo Alves, para preservar sua identidade. De acordo com ele, “até hoje deve ter um cocô roxo ali perto da janela que não saiu por nada.”

“Nunca vi uma bosta tão resistente. Pelo menos, é o que me lembro da cena toda. Ou, talvez, não tenha visto e a Marcella colocou isso tudo em minha mente.”

Na coluna anterior, eu havia informado que o bicho se mandara, depois de bater várias vezes na janela. Pois bem, parece que não foi bem isso. Bora para o bom e velho Erramos.

 

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Diferentemente do informado na coluna anterior (Neymar Hipotético), o pássaro de Marcella não conseguiu sair sozinho da sala. Foi devidamente capturado por ela e Beatrix, que desceram três lances de escada com ele na mão e o soltaram na calçada em frente à agência.

O bicho tentou voar, se atrapalhou e acabou no meio da rua, quase sendo atropelado por diversas vezes e morrendo duplamente no mesmo dia. Então, Marcella, em mais um lance de altruísmo, invadiu a via para proteger o bicho e quase foi atropelada quatro vezes. 

Mas em movimentos rápidos aprendidos na zumba, desviou de três carros, 4 motos e um caminhãozinho e recuperou o pássaro. Trouxe para a calçada, bateu nas costas dele, disse “boa sorte, aqui se separam as mulheres dos pássaros burros”, e voltou a trabalhar.

 

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Como, aparentemente, semana passada houve mais erro do que coluna, é importante fazer outro adendo.

Diferentemente do informado em Neymar Hipotético, quem levou o cachorro caramelo para morar na agência foi Bianca, não Marcella. Entretanto, ele rapidamente se aninhou sob a mesa desta última.

Mais tarde, pelo que entendi, acabou sendo colocado para fora pela própria Bianca. Ao fundo, de acordo com mais testemunhas, Marcella, Leo e Beatrix gritavam “sem coração, sem coração!”. (Ler as aspas como se fossem populares entoando “jus-ti-ça! jus-tiça!”.)

 

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E, com isso, creio que encerramos o capítulo Erramos de hoje, bem como essa newsletter (ou coluna, dependendo de onde e de como esteja lendo isso). Assim sendo, bora para os principais textos do 33Giga na semana.

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Perdeu as cascatas anteriores? Tá na mão