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Por que preço dos combustíveis está variando com frequência em 2025?

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 11/Abril/2025
  • Da Redação, com assessoria

O setor de transportes tem acompanhado as constantes variações sofridas pelos combustíveis em 2025, o que impacta diretamente o segmento. Questões como conflitos internacionais e a oscilação do dólar foram os principais agentes por trás dessas mudanças nos últimos anos. Com a recente desvalorização da moeda norte-americana, o preço do barril do petróleo ficou mais barato, o que prevê barateamento dos combustíveis na bomba.

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A oscilação no preço do diesel promovida pela Petrobras se assemelha a uma gangorra: em fevereiro, o preço subiu R$ 0,22 por litro, impulsionado pela necessidade de alinhamento ao mercado internacional. Já em abril, a estatal puxou a gangorra para o outro lado, reduzindo o preço em R$ 0,17 por litro, buscando aliviar o impacto para os consumidores.

Apesar de promover este recuo, como explica Vitor Sabag, especialista em combustíveis do Gasola – empresa de solução multifuncional que automatiza a gestão de abastecimento –, essa decisão da estatal foi influenciada pela competitividade com o mercado externo e, por conta do ‘efeito gangorra’, esta alteração demorará mais para ser percebida nas bombas de abastecimento.

“O principal agente responsável por essa variante são as distribuidoras. Quando a Petrobras anuncia aumento, elas ajustam os preços imediatamente, pois sabem que o próximo lote de combustíveis será mais caro. No caso de redução, os distribuidores podem demorar para repassar o desconto porque ainda possuem estoques comprados a preços mais altos e querem evitar o prejuízo. O mesmo ocorre com os postos”, afirma Sabag.

De acordo com dados oficiais da Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre janeiro e março deste ano, o preço do diesel, que chegava ao País pelos principais portos brasileiros, teve redução representativa de R$ 0,52 por litro. Desta forma, o produto importado era mais procurado pelas distribuidoras, que conseguiam da mesma forma repassar o valor aos postos, ameaçando a compra do produto nas refinarias locais.

“Isto impacta os postos que compram o combustível e precisam repassar estes valores ao consumidor final. Por isso, costumamos dizer que o preço sobe como um foguete e desce como uma pena, porque ele fica mais caro antes para se adaptar ao preço futuro, porém, fica mais barato com menos rapidez para evitar prejuízos”, conta Sabag.

Outros fatores como estrutura de mercado, concorrência limitada entre distribuidoras e revendedores e estratégias comerciais também influenciam esta volatilidade, além dos contratos de exclusividade entre postos e distribuidoras.

“Desta forma, com alterações que não foram promovidas pela Petrobras, fica difícil prever novas variações que podem impactar o preço na bomba. Se amanhã se iniciar uma nova guerra no Oriente Médio ou na Ásia, isso impactará o preço internacional do petróleo e derivados. Então, quem trabalha com este tipo de produto, precisa estar sempre atento para se prevenir destas adversidades e da mesma forma quem depende deste mercado para funcionar”, finaliza o especialista.

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