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Vídeos e apps: pesquisa mostra métodos de estudo preferidos dos brasileiros

Com o desenvolvimento acelerado da tecnologia, é normal que muitas metodologias consagradas, em diversas áreas, passem por transformações. Quando se fala em educação, não poderia ser diferente.

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A cada dia, surgem novas ferramentas que se propõem a auxiliar e facilitar o ensino e a aprendizagem. E por mais que a tecnologia ofereça diversas possibilidades, cada indivíduo possui uma forma própria de compreensão e absorção de conhecimento.

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Para entender esse panorama, a plataforma Onlinecurriculo realizou uma pesquisa que buscou desvendar como os brasileiros estão se relacionando com formas diferentes ou alternativas de aprendizagem, e se a tecnologia realmente mudou o jeito que as pessoas vêm estudando e buscando informação.

Também, relacionado a esse cenário, o estudo procurou entender se os caminhos habituais de construção de carreira e inserção no mercado de trabalho seguem sendo os preferidos.

Quanto à forma de estudo preferida dos brasileiros, de acordo com a Onlinecurriculo, a leitura do conteúdo a ser apreendido apareceu em disparada como a mais utilizada, sendo indicada por 59% dos entrevistados.

Na sequência, aparecem a prática de assistir a vídeos com explicação do tema, escolhida por 39% dos respondentes, e a resolução de exercícios práticos relacionados ao assunto estudado, com 31% de preferência.

Entre as demais formas de estudo que utilizam de ferramentas tecnológicas, também foram citadas o uso de aplicativos, indicado por 23% dos entrevistados; assistir a filmes ou a séries sobre os temas a serem entendidos, apontado por 20% dos perguntados; a prática de escutar podcasts sobre os assuntos de interesse, escolhido por 17%, e acompanhar influenciadores especialistas em temas de utilidade nas redes sociais, mencionado por 8%.

“É interessante que, de forma geral, podemos analisar que a leitura, talvez uma das formas mais acessíveis de estudo, segue sendo a preferida entre os brasileiros, mas que, na sequência, venha uma forma bastante atual, que utiliza de vídeos para apreensão do conteúdo. Podemos entender que as pessoas estão combinando o uso da tecnologia com formas consagradas de estudo, e que métodos mais tradicionais não parecem que vão deixar de ser utilizados tão cedo”, comenta Amanda Augustine, especialista em carreiras da Onlinecurriculo.

Quando perguntados sobre o contato com métodos de estudo que operem através de tecnologia, 54% dos entrevistados afirma que utiliza com frequência os meios tecnológicos para o aprendizado; 32% utiliza com alguma frequência, e apenas 14% diz não utilizar ou não conhecer os meios tecnológicos de estudo.

E, mesmo entre o público que não cresceu com a presença da internet, com idade a partir dos 40 anos, 84% dizem utilizar os métodos de estudo tecnológicos com alguma frequência, sendo que 45% usa regularmente.

Entrada no mercado de trabalho

No aspecto que toca a questão da carreira profissional, os ambientes acadêmicos ainda são os indicados como sendo a melhor forma de se inserir ou se aproximar do mercado de trabalho.

44% dos entrevistados acredita que, para algumas profissões, as universidades são e continuarão sendo a melhor forma de entrar no mercado; 40% pensa que essa é a forma mais eficiente para as profissões de forma geral, enquanto apenas 16% indicou que hoje já existem outros caminhos mais eficientes.

Amanda Augustine acredita que, no Brasil, o ambiente das universidades ainda é muito consagrado, e que novas formas de construção de carreira serão mais consideradas com o passar do tempo.

“Sabemos que no Brasil o acesso às universidades ainda é bastante limitado a uma pequena parcela da população, por isso é difícil desvincular a visão de que esse lugar, tão prestigiado, vai ser substituído”, analisa ela.

Considerando os caminhos para a construção desta carreira, diversas opções foram escolhidas pelos entrevistados com porcentagens bastante próximas. Em primeiro lugar aparece o curso superior, com 17%, seguido, com  porcentagem similar de 16%, do curso superior com pós-graduação e a realização de cursos de aperfeiçoamento profissional de menor duração sobre assuntos específicos.

Também foram citadas a busca direta por emprego após a conclusão do ensino médio para aquisição de experiência profissional (15%); a busca por emprego através do programa Jovem Aprendiz durante a escola (13%), e a realização de cursos técnicos (12%).

“Podemos ver que o brasileiro ainda vê na educação a principal porta de entrada para o mercado de trabalho, e que, dentro desse cenário, considera diversas possibilidades”, comenta Augustine.

Por outro lado, existem aqueles profissionais que construíram uma carreira sem necessariamente passar pelo ambiente acadêmico. Quando perguntados sobre as profissões que acreditam que podem ter sucesso no mercado de trabalho sem a exigência de uma formação pós ensino médio, as atividades mais citadas foram funções ligadas ao marketing, influenciadores digitais e vendedores.

Metodologia

A Onlinecurriculo ouviu 500 pessoas de diversos segmentos produtivos, faixas etárias, classes sociais e regiões do país entre os dias 24 e 31 de julho de 2023. Mulheres e homens foram entrevistados respondendo cinco perguntas através de questionário estruturado em formato online.