Ciência
Entenda por que ondas de calor elevam os riscos de desidratação

- Créditos/Foto:DepositPhotos
- 12/Fevereiro/2025
- Da Redação, com assessoria
O ano de 2025 começou batendo recordes de calor no Brasil. A cidade de Quaraí, no Rio Grande do Sul, localizada na fronteira com o Uruguai, registrou 42,4°C no dia 23 em janeiro, conforme dados do Climatempo. Trata-se da maior temperatura já aferida no País. E a previsão indica que os brasileiros continuarão enfrentando este clima ao longo do verão.
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Diante desse cenário, os riscos de desidratação aumentam, especialmente entre populações mais vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com condições de saúde que afetam a regulação térmica do corpo, incluindo diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares.
A exposição prolongada ao sol intensifica a perda de líquidos e sais minerais essenciais ao organismo, o que exige atenção e cuidados redobrados nessa época do ano.
“Quando apresentamos sintomas como sede, significa que nosso corpo já está apresentando um certo grau de desidratação. Então, beba bastante água. Um excelente parâmetro para avaliar nosso nível de hidratação é a cor da urina, pois à medida que ela fica mais escura ou em menor quantidade, já é um indicador de que está faltando água”, afirma Raul Queiroz Mota de Sousa, Médico de Família e Comunidade da UBS Jardim Valquíria, gerenciado pelo CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
Os sintomas iniciais de desidratação incluem sede intensa, boca seca e fadiga. Em casos mais graves, podem surgir tontura, confusão mental e até pele ressecada. Crianças e idosos tendem a apresentar sinais específicos. “Nos pequenos, destacam-se ausência de lágrimas ao chorar, boca seca, urina escura e diminuição na quantidade, que é o parâmetro mais percebido nessa faixa etária. Entre os idosos, a perda de elasticidade da pele, tontura e confusão mental são comuns. Gestantes, por sua vez, manifestam os mesmos sintomas gerais”, detalha o especialista.
Ele aponta que há outros fatores que podem potencializar a perda de líquido no dia a dia, como episódios de vômito e diarreia frequentes, que devem ser cuidadas adequadamente para que não se torne uma desidratação grave. Há ainda as perdas insensíveis de líquido pelo suor e pela respiração, que podem intensificar.
“Se não tratada, a desidratação pode gerar complicações graves para a saúde, como lesões renais, distúrbios nos eletrólitos e problemas circulatórios”, reforça o médico.
Mantendo o corpo hidratado
Sousa orienta que a melhor forma de evitar os riscos associados à desidratação é garantindo o consumo adequado de líquidos e adotando hábitos alimentares que favoreçam a hidratação.
“A recomendação geral é consumir, em média, 35 ml de líquido por quilo de peso corporal. No entanto, é importante considerar fatores que podem aumentar a perda de líquidos, como a prática de atividades físicas intensas e a exposição prolongada a altas temperaturas, situações em que o corpo perde mais água de forma insensível, pelo suor e pela respiração.”
Pessoas com problemas renais ou cardíacos, no entanto, precisam de orientações personalizadas sobre a ingestão hídrica. “Nesses casos, o consumo excessivo de líquidos também pode ser prejudicial e deve ser ajustado de acordo com a patologia de cada indivíduo.”
Além da água, outras opções líquidas podem ajudar a complementar a hidratação do organismo, como leite, chás, sucos naturais sem açúcar e água de coco. Os isotônicos são indicados principalmente para atletas de alto rendimento, já que auxiliam na reposição de eletrólitos perdidos em atividades de alta intensidade.
Quanto aos alimentos, frutas como melancia, melão, abacaxi, laranja e morango, além de vegetais como alface, tomate e pepino, são ótimos aliados.
Cuidados extras
Evitar a exposição direta ao sol, principalmente nos horários de maior intensidade, é uma medida essencial para prevenir a desidratação. Apostar no uso de chapéus, sombrinhas, roupas leves e claras, além da aplicação regular de protetor solar, também ajuda a proteger o organismo. “Isso porque queimaduras de pele, além de serem desconfortáveis, podem agravar a perda de líquidos ao comprometer a barreira natural de proteção da epiderme”, finaliza o doutor.
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