Segurança
As informações que você nunca deve compartilhar com o ChatGPT

- Créditos/Foto:DepositPhotos
- 20/Maio/2025
- Da Redação, com assessoria
A popularização do ChatGPT tem levado milhões de pessoas ao uso diário da inteligência artificial para as mais variadas finalidades, desde tirar dúvidas acadêmicas até gerar conteúdo corporativo. No entanto, muitos ignoram que a conversa com a IA pode trazer efeitos colaterais. A OpenAI, desenvolvedora do modelo, afirma que as interações com a ferramenta podem ser usadas para treinar sistemas futuros e revisadas por humanos — o que levanta preocupações legítimas sobre a exposição de dados e a privacidade digital.
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Um dos principais alertas é evitar fazer solicitações relacionadas a crimes ou atividades ilícitas. Além de infringirem as diretrizes da plataforma, esses conteúdos podem ser rastreáveis e representar um risco jurídico real: “as informações fornecidas ao sistema podem ser analisadas por avaliadores humanos e usadas para o aperfeiçoamento dos modelos”. Ou seja, o sigilo não é absoluto.
Compartilhar senhas, dados bancários ou logins também está entre as práticas arriscadas. Apesar do tom conversacional e amigável do ChatGPT, sua estrutura de uso envolve servidores e protocolos que não garantem confidencialidade total. Nesse sentido, o aviso é claro: qualquer dado sensível pode ser armazenado e, eventualmente, acessado de forma não intencional.
Outro ponto importante é a exposição de informações pessoais, como endereço, CPF, número de telefone ou nome completo. Mesmo que o modelo não tenha intenção maliciosa, a recomendação é tratá-lo como um ambiente público: tudo o que for inserido pode ser analisado, replicado ou inferido em outras conversas. A lógica é simples: quanto menos detalhes pessoais, maior a segurança.
De acordo com Bruno Nunes, especialista em tech e CEO da Base39, para que os benefícios da IA generativa sejam plenamente aproveitados, é fundamental que as pessoas sejam treinadas para utilizar essas ferramentas de forma eficaz. “A educação e a formação contínua se tornam essenciais para garantir que as equipes estejam preparadas para essa nova era digital”, afirma.
Por fim, confiar cegamente nas respostas fornecidas pela IA para decisões importantes — como questões médicas, jurídicas ou financeiras — é um erro comum. O próprio sistema reconhece que pode gerar imprecisões, e especialistas reforçam a importância de buscar validação em fontes humanas e confiáveis. Em tempos de uso massivo da IA generativa, o desafio não é apenas explorar seu potencial, mas saber como traçar os limites.
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