Ensinar jovens do Ensino Médio brasileiro a lidar com as responsabilidades financeiras de maneira prática e divertida. Esse é o objetivo de “O Jogo do Investidor”, um torneio digital, lançado pela startup Tindin Educação, com a TD Impacta, uma iniciativa do Tesouro Direto e da B3 em parceria com a Artemisia. As inscrições na competição são gratuitas e abertas aos estudantes de escolas públicas e privadas de todo o País através deste site.

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O jogo, que se passa no metaverso, simula a vida real dos participantes. Nele, é possível realizar atividades cotidianas da vida adulta, como investir em formação, buscar emprego ou profissão, pagar contas, consumir, empreender, adquirir imóveis e até mesmo investir na bolsa de valores, tudo com dinheiro lúdico, sem valor monetário real e em ambiente seguro. Ao final da competição, vencem os participantes que melhor conseguirem equilibrar a saúde financeira e o desenvolvimento pessoal de seus avatares. Além da experiência educacional, os 100 participantes melhor ranqueados receberão assinaturas premium e títulos do Tesouro Direto. Serão distribuídos mais de R$ 80 mil em premiações para mais de 1.100 participantes.

“’O Jogo do Investidor’ é único, por ser a mais imersiva competição de educação financeira do País. Usamos e abusamos do poder da simulação como estratégia para a aplicação prática do conhecimento teórico. Além das já comprovadas vantagens do uso da simulação na educação, como o aumento na retenção do aprendizado, permite desenvolver um nível de conhecimento tácito, ou seja, um nível de aprendizado ligado diretamente às experiências e habilidades pessoais, que seria impossível ser alcançado pelo consumo passivo de uma mera trilha de aprendizagem, ou medido por uma simples avaliação teórica. Ao contrário do que muitos pensam, educação financeira não é uma ciência exata. Ela é comportamental. E é por este motivo que o nosso propósito não se limita a ensinar nossos estudantes sobre o tema, mas desenvolver neles bons hábitos financeiros”, destaca Eduardo Schroeder, CEO da Tindin.

O Jogo do Investidor: como funciona?

A competição acontece de forma online, acessível via browser e aplicativos para Android e iOS. Os participantes criam avatares e enfrentam desafios financeiros que simulam a vida real, como receber salário, pagar contas, investir, empreender e equilibrar seu padrão de vida.

As decisões tomadas impactam diretamente no progresso dos competidores dentro do jogo, e a pontuação de experiência (XP) define a classificação no ranking. Ao final da competição, os melhores ranqueados receberão certificados, troféus, assinaturas premium e prêmios em títulos do Tesouro Direto.

A competição será dividida em duas etapas. A primeira etapa, disponível até 9 de maio, consiste na capacitação dos participantes. Os inscritos poderão consumir os conteúdos e participar das simulações de vida financeira antes do início oficial do jogo. “Este processo de capacitação e familiarização com a plataforma é um passo importante para os competidores, pois aumentará suas chances de obterem bons desempenhos durante o torneio oficial e, assim, levarem os melhores prêmios para casa”, afirma Vanessa Olmo, mestre em educação e diretora de operações da Tindin. Já a segunda etapa, será a competição propriamente dita, e deverá durar entre 12 de maio e 27 de junho.

Quem pode entrar?

O game é voltado para estudantes do Ensino Médio, com prioridade para alunos da rede pública e participantes do Programa Federal Pé-de-Meia. A meta da Tindin é impactar mais de 40 mil estudantes, oferecendo uma ferramenta inovadora e acessível para aprimorar o letramento financeiro da nova geração.

A efetividade do jogo será acompanhada por indicadores de engajamento e desempenho em simulados baseados nos modelos PISA e OLITEF, permitindo avaliar a evolução dos participantes ao longo do projeto.

Impacto e relevância educacional

O game se alinha à missão da Tindin de transformar a educação financeira no Brasil, enfrentando desafios como a baixa taxa de investimento entre jovens e o alto envolvimento dessa faixa etária com apostas online. De acordo com o Raio X do Investidor Brasileiro (ANBIMA 2023), apenas 5% dos jovens entre 16 e 27 anos investem em títulos públicos, enquanto 29% estão envolvidos com apostas esportivas. Além disso, pesquisa do CNDL/SPC Brasil aponta que 47% da Geração Z não controla suas finanças, muitas vezes por falta de conhecimento ou hábito.

“A educação financeira não deve ser um conhecimento isolado, restrito a momentos específicos da vida, mas uma competência transversal, presente em todas as nossas decisões e desafios diários. Nosso objetivo é transformar a relação dos estudantes com o dinheiro, capacitando-os para uma jornada de aprendizado contínuo, que os acompanhará ao longo de toda a vida.” reforça Schroeder.

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