A NASA abandonou seu compromisso público de levar a primeira mulher e a primeira pessoa negra à Lua. A promessa era o grande diferencial da Missão Artemis, que visa pousar humanos na superfície lunar após mais de 50 anos. A medida vem ao encontro das diretrizes do novo governo de Donald Trump para eliminar políticas de diversidade, equidade e inclusão em agências federais.

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Anteriormente, a página da Missão Artemis informava que “a NASA levará a primeira mulher, a primeira pessoa negra e o primeiro astronauta parceiro internacional à Lua usando tecnologias inovadoras para explorar a superfície lunar mais do que nunca”. Tal citação foi removida na última sexta-feira (21), passando a mencionar apenas os objetivos do programa.

Ao jornal The Guardian, o porta-voz da NASA, Allard Beutel, confirmou a alteração. “De acordo com a ordem executiva do presidente, estamos atualizando nossa linguagem em relação aos planos de enviar uma tripulação à superfície lunar como parte da Missão Artemis da NASA. Estamos ansiosos para aprender mais sobre os planos da administração Trump para nossa agência e expandir a exploração na Lua e em Marte para o benefício de todos.”

É válido destacar que a NASA não é a primeira entidade a seguir esse caminho. Agências como a Receita Federal e o Instituto Nacional de Saúde também tomaram medidas para eliminar políticas e financiamentos associados á diversidade, equidade e inclusão, enquanto o exército dos Estados Unidos seguiu uma ordem presidencial para implementar a proibição de pessoas transgênero no serviço.

O decreto de Trump foi feito dois dias após sua posse, em 22 de janeiro. Em seu discurso, o presidente afirmava que instituições adotam “preferências perigosas, degradantes e imorais baseadas em raça e sexo sob o pretexto de diversidade, equidade e inclusão”.

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