*Por Lyonel Pellegrino // Não é segredo que a moda possui significados que vão muito além da produção de roupas. Historicamente, ela é considerada uma forma de expressão cultural, estilo e identidade. Com os avanços do setor têxtil, a moda passou a ocupar um papel ainda mais importante, atuando no combate a doenças causadas pela exposição solar.

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O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, representando cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A exposição excessiva aos raios ultravioletas é um dos principais fatores de risco para a doença, além de contribuir para o envelhecimento precoce da pele e outros problemas de saúde. Nesse cenário, roupas com Fator de Proteção Ultravioleta (FPU) representam as maiores parceiras no quesito prevenção.

De acordo com a Sociedade Australiana de Câncer de Pele, roupas comuns, como camisetas leves de algodão branco, oferecem uma proteção média contra os raios UV – equivalente a um FPU 5. Isso significa que a pele permanece vulnerável à radiação solar mesmo quando coberta, evidenciando a necessidade de alternativas mais eficazes. Em contrapartida, tecidos tecnológicos são capazes de bloquear até 98% dos raios.

Além disso, a Skin Cancer Foundation destaca que fatores como a cor, o material, a densidade e o ajuste das roupas influenciam diretamente na segurança da pele. Roupas escuras ou brilhantes, confeccionadas com materiais densos e bem ajustadas ao corpo, maximizam a proteção oferecida pelo vestuário. A inovação no setor permitiu a criação de produtos como esse, com caráter funcional, que aliam moda, ciência e, por incrível que pareça, a preservação do meio ambiente.

Isso porque, ao reduzir a necessidade de reaplicação constante de protetores solares químicos, essas peças diminuem o impacto ambiental causado por substâncias que podem prejudicar ecossistemas marinhos. E esses motivos, aliados ao fato de que o Brasil, como país tropical, proporciona uma exposição solar intensa inevitável em boa parte do ano, impulsionam a conscientização da moda funcional não apenas como uma tendência passageira, mas uma necessidade de saúde pública.

Para que essa abordagem seja amplamente adotada, é essencial que o mercado invista em pesquisa e desenvolvimento, de forma a se adequar cada vez mais às necessidades de segurança. Paralelamente, campanhas sobre os riscos da exposição solar são indispensáveis para educar a população e incentivar o uso das roupas com esses recursos.

O segmento de moda com proteção representa, portanto, a interseção perfeita entre estilo, ciência e responsabilidade social. Com investimento em inovação têxtil, por parte dos consumidores e da própria indústria, há uma perspectiva real de um futuro mais sustentável e com menor incidência de enfermidades.

*Lyonel Pellegrino é empreendedor e criou a UV.LINE há 22 anos. A marca é referência no mercado de roupas com proteção solar no Brasil, oferecendo peças que bloqueiam os raios UVA e UVB, desenvolvidas com tecidos tecnológicos e certificação que garante a proteção durante toda a vida útil das roupas.

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