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Zero Trust e Módulo de Segurança de Hardware: lições de segurança para 2025

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 20/Fevereiro/2025
  • Da Redação, com assessoria

Em 2025, a segurança cibernética se solidifica como prioridade fundamental para as empresas. Uma das tendências de maior destaque neste cenário é o modelo Zero Trust, que orienta as organizações a adotar uma segurança com validações rigorosas e múltiplos mecanismos de autenticação. O conceito é, portanto, mais do que uma tendência — é uma necessidade urgente.

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O modelo Zero Trust é uma abordagem estratégica para a segurança de redes, no qual a criptografia desempenha papel crucial na autenticação robusta e na proteção de dados. A metodologia envolve uma verificação constante de cada usuário e dispositivo, assumindo que todas as tentativas de acesso à rede ou a aplicativos possam ser ameaças. Nesse contexto, o uso do Módulo de Segurança de Hardware (HSM) traz uma camada adicional de segurança, já que esses dispositivos asseguram a proteção das chaves criptográficas, armazenando-as de maneira segura e evitando acessos não autorizados. No HSM, chaves privadas e certificados, assim como outros dados sensíveis, permanecem protegidos e fora do alcance de qualquer agente externo, a não ser que estejam devidamente criptografados.

Para construir uma defesa robusta, especialmente para empresas de médio e grande porte, é essencial adotar algumas práticas. Um dos primeiros passos é implementar a autenticação multifatorial (MFA), que deve ser aplicada de maneira abrangente a todos os colaboradores e sistemas da organização. A MFA oferece uma camada extra de proteção, assegurando que as credenciais de acesso e os sistemas de rede fiquem protegidos contra tentativas de intrusão. Além disso, é necessário investir em treinamentos constantes para reduzir o risco de falhas humanas no processo de autenticação.

Outro ponto crucial é o uso da Infraestrutura de Chave Pública (PKI), que garante uma criptografia sólida para o tráfego de dados online e para a comunicação interna da empresa. A PKI também é responsável pela geração de certificados digitais que asseguram a autenticidade de documentos e o acesso controlado a sistemas.

No que se refere à MFA, que frequentemente utiliza o padrão Open Authorization (OATH) para gerar códigos ou senhas de uso único (OTP), essa tecnologia se baseia em um segredo compartilhado que é armazenado tanto no dispositivo de autenticação quanto no terminal de verificação. A autenticação é validada por meio de uma senha única gerada a partir do segredo do token. O método TOTP (Time-based One-Time Password) cria uma senha que muda a cada 30 segundos, com base em uma semente numérica única, a qual precisa ser rigorosamente protegida. A recomendação é que a geração e o armazenamento dessa semente sejam realizados dentro de um HSM.

A partir dessa semente numérica, uma combinação de números forma a senha do segundo fator de autenticação. Essa senha é essencial para garantir que o indivíduo ou sistema que está solicitando acesso seja o mesmo previamente autorizado a fazê-lo. A semente numérica é a base desse processo de autenticação robusta, sendo essencial mantê-la segura dentro do HSM.

Os HSMs não apenas protegem chaves e realizam operações criptográficas, mas também desempenham um papel fundamental no cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), promovendo a anonimização e pseudoanonimização de dados. Esse fator é crucial para garantir a conformidade com as regulamentações de privacidade e proteção de dados.

À medida que o risco digital aumenta, as organizações devem tratar a segurança cibernética como uma prioridade estratégica. A integração das tecnologias Zero Trust com o uso de HSMs resulta em uma infraestrutura mais segura, capaz de prevenir vazamentos de dados e garantir um controle mais rigoroso sobre as informações sensíveis. Investir em soluções de segurança adequadas permite que as empresas não apenas minimizem os riscos de ataques, mas também se destaquem no mercado ao demonstrar um compromisso genuíno com a proteção e a privacidade dos dados.

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