Desde cerca de 2013, usuários da plataforma Steam – uma das maiores vitrines de games digitais do mundo – notaram a presença de um mísero ponto no mapa de jogadores localizado em Pyongyang, capital da Coreia do Norte. Esse “ponto solitário”, por sua vez, acabou se transformando em uma lenda urbana dentro da comunidade gamer. A teoria? Que o próprio Kim Jong-un seria o único usuário ativo da Steam no país.

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A teoria de Kim Jong-un na Steam

A especulação começou a circular em fóruns como Reddit e ResetEra, alimentada por capturas de tela de mapas de calor e observações de curiosos. A presença isolada em Pyongyang se repete há mais de uma década – algo particularmente estranho, considerando que a internet praticamente não existe no país.

Na Coreia do Norte, o acesso à rede mundial é restrito a uma parcela ínfima da elite, como diplomatas, pesquisadores estrangeiros e figuras do alto escalão do governo. Para o restante da população, existe apenas a Kwangmyong, uma intranet estatal limitada a sites aprovados pelo regime.

Com isso, o raciocínio é simples: se há alguém jogando na Steam em Pyongyang, só pode ser alguém com privilégios extremos. E, como se sabe, Kim Jong-un não esconde seu apreço pela cultura pop ocidental.

Um gamer no poder?

Kim Jong-un estudou por alguns anos na Suíça, onde teve contato com o estilo de vida e o entretenimento do Ocidente. Desde então, diversas reportagens apontam seu interesse por filmes de ação de Hollywood, esportes como basquete e até por produtos de tecnologia.

Apesar de a teoria ser popular, porém, não há qualquer evidência concreta de que Kim seja o jogador em questão. A existência desse usuário solitário permanece como uma curiosa nota de rodapé nos anais da história digital – e um lembrete de que, mesmo nos regimes mais fechados, o apelo dos videogames pode atravessar fronteiras.

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