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Caminhos e desafios para a IA transformar a educação

*Por Eduardo Zanini // A inteligência artificial (IA) está transformando diversos setores, e a educação não é exceção. A promessa de um aprendizado mais personalizado, eficiente e acessível tem atraído a atenção de educadores, estudantes e empresas de tecnologia em todo o mundo. No Brasil, companhias têm sido pioneiras na aplicação dessa plataforma no ensino, desenvolvendo produtos criativos para auxiliar estudantes em sua jornada de aprendizagem.

Na sala de aula, a IA oferece uma variedade de oportunidades para aprimorar a experiência de aprendizado. Ferramentas como plataformas adaptativas e sistemas de tutoria inteligentes podem personalizar o ensino, identificando as necessidades individuais de cada estudante e oferecendo materiais e atividades adequados ao seu ritmo e estilo de aprendizagem. Isso permite que os alunos progridam, cada um dentro do próprio contexto, desenvolvendo todo o seu potencial.

Além disso, a IA pode facilitar tarefas administrativas repetitivas, como a correção de provas e a organização de materiais didáticos, liberando o tempo dos professores para se concentrarem no que realmente importa: o ensino. Chatbots e assistentes virtuais hoje são capazes de fornecer suporte instantâneo aos alunos, respondendo a perguntas e oferecendo feedback, mesmo fora do horário de aula.

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Desafios e preocupações 

Apesar das vantagens, a implementação da IA na educação não é isenta de desafios. O uso de tecnologia e inteligência artificial sem intencionalidade pedagógica, ou seja, sem que tenha um objetivo claro do porquê esse recurso será aplicado em sala de aula, não gera inovação, mas pode ter efeitos contrários ao desenvolvimento e aprendizado do estudante. Afinal, mesmo com a adoção de tecnologia em sala de aula, a capacidade de pensar de forma independente, resolver problemas e analisar informações de forma crítica são importantes para o sucesso em qualquer área.

Outro ponto de preocupação é a privacidade dos dados coletados pelas ferramentas de IA. É fundamental garantir que essas informações sejam utilizadas de forma ética e responsável, protegendo a privacidade dos alunos e evitando o uso indevido dos dados.

A utilização de ferramentas como o ChatGPT para realizar tarefas escolares também levanta questões sobre a integridade acadêmica. A possibilidade de plágio e a diminuição do esforço individual podem comprometer o processo de aprendizado e a avaliação do real conhecimento dos alunos.

Futuro equilibrado 

Para aproveitar ao máximo os benefícios da IA no ensino e mitigar os riscos, é fundamental aplicar a tecnologia com intencionalidade pedagógica e alinhada às metodologias de ensino e aprendizagem. Esse sistema inteligente deve ser utilizado como uma ferramenta complementar, que enriquece a experiência de aprendizado, e não como um substituto para o professor.

É essencial promover a autonomia dos alunos, incentivando-os a utilizar essa plataforma de forma consciente e crítica, buscando sempre aprimorar as habilidades e conhecimentos. A ética no uso da ferramenta deve ser uma prioridade, garantindo que a tecnologia seja utilizada de forma justa, transparente e responsável.

O potencial para a IA transformar a educação é inegável. Isso não isenta, no entanto, as empresas que estão na vanguarda dessa transformação de ter o uso ético e equilibrado como prioridade. Deve-se sempre ter em mente o objetivo de promover o desenvolvimento integral dos alunos para que a inteligência artificial possa ser uma poderosa aliada na construção de um futuro mais promissor para a educação.

*Eduardo Zanini é diretor de produto da Geekie, plataforma de educação baseada em dados