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Uso de IA no cinema: como aproveitar tecnologia de forma ética, inclusiva e sustentável?

- Créditos/Foto:DepositPhotos
- 10/Fevereiro/2025
- Autor Convidado
*Por Gleyber Rodrigues // A evolução da Inteligência Artificial (IA) está revolucionando a produção cinematográfica e a computação gráfica. Com possibilidades que vão desde recriar personagens icônicos a automatizar dublagens, a IA não apenas reduz custos, mas também expande as possibilidades criativas.
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Um exemplo prático do uso de IA no cinema está no filme Star Wars: Rogue One. O título utilizou a solução para recriar Peter Cushing como Grand Moff Tarkin décadas após o falecimento do ator. A tecnologia permitiu uma representação fiel e dinâmica, abrindo portas para o uso de personagens históricos em novas narrativas. No campo das dublagens, plataformas como a Synthesia já conseguem replicar vozes de atores em múltiplos idiomas, reduzindo o tempo e os custos de produção.
Essa transformação, no entanto, também traz à tona questões éticas e legais que estão longe de serem resolvidas. Segundo a Grand View Research, o mercado global de IA para o setor de entretenimento está projetado para crescer 26,9% ao ano, atingindo US$ 48 bilhões até 2030. Essa expansão reflete o interesse crescente de estúdios e produtores em incorporar a tecnologia em suas operações.
Apesar das vantagens, o uso de IA também levanta debates sobre direitos autorais e privacidade. No Brasil, por exemplo, o Marco Regulatório da IA, em discussão, ainda não cobre explicitamente o uso de vozes e imagens de pessoas falecidas ou vivas, deixando brechas para conflitos jurídicos. Outro ponto crítico é a ética no uso da tecnologia: até que ponto é aceitável recriar digitalmente alguém sem consentimento explícito?
A Inteligência Artificial oferece um horizonte ilimitado para o setor audiovisual, permitindo produções mais ousadas e acessíveis. As empresas, contudo, precisam equilibrar inovação com conformidade legal e ética, especialmente em um cenário no qual a regulamentação ainda está se formando.
Enquanto o uso da IA redefine a criatividade, o setor audiovisual enfrenta a responsabilidade de moldar práticas justas e transparentes. Essa discussão será central nos próximos anos e definirá o futuro da indústria. Para empresas, criadores e consumidores, é o momento de colaborar para garantir que a tecnologia seja uma aliada na construção de um setor audiovisual mais inclusivo e sustentável.
A pergunta que fica é: como o uso de IA no cinema pode contar histórias sem apagar as vozes e os direitos de quem as criou?
*Gleyber Rodrigues é especialista em marketing e tecnologia, reconhecido por unir estratégias inovadoras e ferramentas tecnológicas, auxiliando marcas e profissionais no Brasil e nos Estados Unidos
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