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IA na educação: como tecnologia melhora aprendizagem

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 25/Abril/2025
  • Da Redação, com assessoria

De acordo com o estudo “Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil”, do Instituto Semesp, quase 75% dos professores acreditam no potencial da inteligência artificial (IA) como recurso importante na educação. Dados como esse vêm se tornando mais comuns nos últimos anos, uma vez que a tecnologia se mostrou como aliada da aprendizagem.

“É uma ferramenta que ajuda os estudantes a desenvolver habilidades essenciais, como o aprimoramento do pensamento crítico e a resolução de problemas”, diz Guilherme Silveira, Chief Innovation Officer (CINO) e cofundador da Alura, maior ecossistema de educação em tecnologia do país.

Carolina Brant, Gerente Pedagógica da Geekie, plataforma de aprendizagem personalizada e ensino híbrido para o setor de educação básica baseada em inteligência de dados, reforça o raciocínio: “a IA é um grande complemento para o ambiente educacional, beneficiando tanto alunos quanto professores e famílias”.

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Equidade e acessibilidade

Na prática, um dos principais benefícios da IA na educação é sua capacidade de garantir um processo de aprendizado mais acessível. Especialmente no caso de IAs Generativas, como chatbots e assistentes virtuais, a tecnologia oferece suporte aos alunos a qualquer hora e em qualquer lugar, além da possibilidade de responder dúvidas dos estudantes em tempo real. “A IA tem o potencial de facilitar a democratização do ensino, dando oportunidades iguais para todos acessarem conteúdos de aprendizagem em diferentes formatos e abordagens”, afirma Carolina.

Nesse sentido, outra vantagem do recurso é a possibilidade de ser combinado com recursos impressos. Plataformas como o próprio Geekie One, da Geekie, por exemplo, oferecem material didático com esse viés. “A união entre inovação e tradição é um equilíbrio poderoso. Enquanto o digital oferece interatividade, personalização e acesso a dados em instantes – possibilitando intervenções pedagógicas imediatas –, o impresso garante uma experiência tátil e de fácil consulta, reforçando a memorização e a compreensão profunda dos conteúdos”, destaca o CINO da Alura.

Personalização do ensino

A IA também vem sendo incorporada aos planejamentos de diversas instituições de ensino por conseguir identificar padrões de aprendizagem, ajudando os professores a adaptar conteúdos às necessidades individuais dos estudantes. “Textos, vídeos, podcasts, há inúmeros formatos que podem ser alinhados ao desempenho e às preferências dos alunos, enriquecendo a experiência educacional e facilitando a retenção do conhecimento”, explica Silveira.

Apesar de contribuir com várias escolas, essa função também eleva o aumento da autonomia dos estudantes, que podem buscar diferentes abordagens para ampliar a visão crítica sobre os temas aprendidos. O cofundador da Alura cita um prompt eficiente dentro desse âmbito. “Digite ‘me explique como se eu tivesse cinco anos de idade’. Dessa maneira, a IA não apenas fornece a resposta, mas também explica o passo a passo, usando analogias e simplificações para tornar o assunto mais claro e didático”, pontua.

Carolina também reforça esse benefício para a correção de redações e textos de alunos, já que, ao analisar conteúdos, a tecnologia pode oferecer sugestões sobre estrutura, coerência e gramática, ajudando no aprimoramento da escrita sem substituir a revisão humana. “Os jovens tornam-se mais independentes e preparados para desafios futuros, uma vez que desenvolvem habilidades de autogestão, autorregulação e autonomia a cada texto produzido”, ressalta.

Lembrete: responsabilidade pedagógica

Apesar de ser uma grande inovação, é importante lembrar que a inteligência artificial não substitui a ação da criticidade humana no processo educacional. Portanto, é fundamental que esteja alinhada às estratégias de cada instituição de ensino. “O papel dos educadores e das escolas é fundamental para garantir que a tecnologia seja aplicada com propósito e de maneira responsável”, lembra a gerente da Geekie.

Thais Pianucci, CEO da Start,  escola online de tecnologia, também reforça que a potencialização do uso das IAs está justamente no ensino do uso devido e responsável dessa ferramenta. “Ensinar letramento digital é condição inegociável para expandir o uso, tanto por professores quanto estudantes, fomentando e desenvolvendo a capacidade crítica de todos”, comenta.

Acelerar pesquisas, otimizar a produção e permitir que os humanos realizem menos tarefas repetitivas, focando mais em trabalhos intelectuais e criativos são apenas alguns dos benefícios do uso da IA de forma consciente.

“Letrar digitalmente antes do uso é importante para que esses estudantes não corram o risco de, ao delegar demais às máquinas, perderem sua capacidade de pensar de forma independente”, explica Thais. “Aprender a usar as IAs de forma responsável e crítica libera a força do ser humano para aquilo em que ele é realmente bom: emoções, relações e novas criações. É letrar no digital — em seu espaço e cultura — para que vejamos esse impacto positivo no offline”, conclui.

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