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Dos bingos às bets: a evolução do mercado de sorteios no Brasil

- Créditos/Foto:DepositPhotos
- 29/Abril/2025
- Autor Convidado
*Por Gabriel Lopes // O mercado de sorteios no Brasil passou por profundas transformações regulatórias e avanços tecnológicos ao longo dos anos. Durante décadas, os bingos foram a principal forma, combinando entretenimento e arrecadação para entidades filantrópicas. Com o fechamento desses estabelecimentos e o fortalecimento da regulamentação, novas modalidades ganharam espaço, como os sorteios promocionais e os títulos de capitalização, incluindo a filantropia premiável, regulamentados por órgãos como SUSEP, SEAE, SECAP e SPA.
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Recentemente, a legalização dos jogos online e das apostas esportivas impulsionou ainda mais o setor, tornando a tecnologia um elemento essencial para aprimorar a experiência dos participantes, além de garantir maior segurança e transparência. Segundo dados divulgados pela Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), foram pagos R$ 18 bilhões em resgates e sorteios à sociedade, evolução de 9,7% no período, mostrando que o segmento permanece fortalecido, com crescimentos robustos nas principais modalidades comercializadas.
A digitalização do mercado de sorteios trouxe vantagens significativas para consumidores e operadores. O uso de plataformas digitais certificadas, como as homologadas por laboratório credenciados, a exemplo da GLI, garante a aleatoriedade e auditabilidade dos sorteios. A implementação do Pix permite compras rápidas e seguras de títulos de capitalização e apostas.
Qualquer pessoa com um smartphone pode participar, eliminando barreiras geográficas. Desde o pagamento até a apuração, tudo acontece de forma instantânea. A eliminação de processos manuais e estruturas físicas reduz as despesas operacionais. Além disso, sorteios auditáveis e mecanismos de compliance robustos aumentam a segurança do setor. As plataformas digitais permitem uma expansão rápida e eficiente, tornando o mercado ainda mais atrativo.
Além disso, sistemas de KYC (Know Your Customer) que utilizam biometria facial, prova de vida e bureaus de dados evitam a participação fraudulenta e garantem o pagamento correto dos prêmios. Interfaces otimizadas para dispositivos móveis oferecem jornadas intuitivas, desde a compra até a notificação dos resultados. Já a análise de comportamento com o uso de Big Data e Machine Learning permite a personalização das ofertas e a identificação de atividades suspeitas.
A tendência é de experiências cada vez mais fluidas e intuitivas. A automação continua sendo um fator-chave, eliminando barreiras e complexidades para os jogadores. A inteligência artificial e os dados preditivos se tornarão ainda mais relevantes, permitindo a personalização da experiência e a prevenção de comportamentos de risco. Com o avanço das soluções digitais, os sorteios se tornam mais acessíveis, transparentes e confiáveis. O mercado brasileiro caminha para um modelo no qual tecnologia, segurança e inovação convergem para criar uma experiência aprimorada e sustentável para consumidores e operadores.
*Gabriel Lopes é CTO da Idea Maker, empresa especializada em soluções digitais e meios de pagamento
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