Dicas
5 erros comuns que encurtam a vida útil do SSD
- Créditos/Foto:Divulgação/ADATA Brasil
- 03/Novembro/2025
- Da Redação, com assessoria
Investir em um SSD de qualidade reflete 100% no desempenho de uma máquina. Seja nos estudos, seja no trabalho, nos games ou em grandes operações corporativas, a escolha impacta não só na velocidade, mas também na segurança dos dados e em uma operação eficaz. Entretanto, apesar de a qualidade do dispositivo impactar na execução, alguns descuidos podem prejudicar a durabilidade do SSD, atrapalhando a longevidade do aparelho.
A preservação de um SSD vai muito além dos cuidados com o software (evitando vírus e navegação insegura) e abrange aspectos fundamentais de hardware e atualizações que, se negligenciados, podem comprometer o desempenho e até mesmo danificar o dispositivo.
“Mais do que escolher um SSD de qualidade, preservá-lo é crucial para maximizar sua vida útil e manter o desempenho. Ao contrário de HDs com partes mecânicas, os SSDs utilizam células de memória flash que possuem um número limitado de ciclos de leitura e escrita. A degradação dessas células com o uso excessivo leva à baixa performance e, eventualmente, à falha do dispositivo, resultando na perda definitiva dos dados armazenados”, afirma Thiago Tieri, gerente de Marketing da ADATA no Brasil.
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Há cinco erros mais comuns que acometem o SSD e podem gerar falhas a curto e longo prazo. São eles:
1. Incompatibilidade com a placa-mãe
Um dos erros mais básicos, mas com sérias consequências, é ignorar a compatibilidade entre o SSD e a placa-mãe. Certificar-se de que o SSD se encaixa corretamente no slot (como SATA ou M.2) e que a interface é suportada pelo seu hardware é o primeiro passo.
É essencial pesquisar e confirmar as especificações técnicas de ambos antes da compra. A principal medida é consultar o manual da placa-mãe para verificar os tipos de interface de armazenamento suportados, o formato do SSD e as gerações de PCIe compatíveis para SSDs NVMe. Além disso, é importante se certificar de que a BIOS da placa-mãe está atualizada para a versão mais recente, pois isso garante o suporte a tecnologias de armazenamento mais novas e evita problemas de reconhecimento.
2. Capacidade no limite
Outra falha recorrente é encher o SSD até sua capacidade máxima. Esse hábito impede o funcionamento ideal do recurso de “nivelamento de desgaste”, que distribui os dados uniformemente. Com pouco espaço livre, o SSD precisa mover mais informações para encontrar células disponíveis, aumentando o desgaste e encurtando sua vida útil.
O necessário é manter entre 10% e 15% do espaço total livre, o que permite o funcionamento ideal dos algoritmos internos de coleta de lixo e nivelamento de desgaste, essenciais para a performance e a longevidade do dispositivo. A estratégia envolve gerenciar ativamente o armazenamento, utilizando um disco rígido (HDD), um drive externo ou a nuvem para armazenar arquivos grandes e pouco acessados, como filmes, jogos e backups. Além disso, deve-se realizar limpezas periódicas de arquivos temporários e do cache e desinstalar programas desnecessários, usando as ferramentas integradas do sistema operacional para liberar espaço de forma eficiente.
3. Falta de atualização
O firmware do SSD é um software interno que controla seu funcionamento. Quando desatualizado, pode conter bugs e não aproveitar todas as otimizações de desempenho e correções de compatibilidade, podendo levar a instabilidades e até à redução da vida útil do SSD.
As atualizações frequentemente trazem correções de bugs, melhorias de desempenho e otimizações essenciais para a saúde do dispositivo. Ignorá-las pode deixar o SSD vulnerável a falhas e limitações, afetando sua eficiência a longo prazo.
A principal medida aqui é simples: manter-se atualizado. É necessário verificar regularmente o site do fabricante para o download de softwares de gerenciamento específicos do modelo. Essas ferramentas permitem o acesso à versão atual do firmware do SSD e a instalação da versão mais recente com segurança, corrigindo bugs, melhorando o desempenho e a estabilidade, e garantindo a compatibilidade com novos hardwares e sistemas operacionais.
4. Conservação inadequada
A conservação do aparelho também é vital, especialmente em relação à temperatura. Eles são sensíveis a condições ambientais extremas, e o superaquecimento pode degradar a estabilidade das células de memória e a vida útil do SSD.
A chave é garantir uma ventilação adequada dentro do gabinete do computador. Para SSDs do tipo M.2 NVMe, que geram mais calor, é recomendável utilizar dissipadores para manter a temperatura dentro da faixa operacional ideal.
Além disso, softwares de monitoramento da saúde do SSD (como o software do fabricante ou ferramentas de terceiros) são caminhos para verificar a temperatura de operação e, se necessário, melhorar o fluxo de ar no gabinete ou instalar ventoinhas adicionais para manter um ambiente mais refrigerado.
5. Falta de backups
Por fim, não realizar backups regulares dos dados é um erro crítico. Embora não afete diretamente o dispositivo, as gravações constantes e excessivas de dados consomem os ciclos de escrita limitados das células do componente, podendo gerar perda de dados repentina e irreversível.
O ideal é implementar uma rotina de backup de forma consistente e diversificada. Uma estratégia eficaz é a regra 3-2-1, que consiste em manter três cópias dos dados: uma primária (no SSD) e duas de backup, em pelo menos dois tipos de mídia diferentes, como um HD externo e um serviço de armazenamento em nuvem, garantindo que uma das cópias esteja fora do local físico do computador.
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