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Ciência

Doença de Lyme: entenda os riscos e as complicações

  • Créditos/Foto:DepositPhotos
  • 06/Outubro/2025
  • Da Redação, com assessoria

Recentemente, a modelo internacional Bella Hadid foi internada em decorrência da doença de Lyme, despertando a atenção em torno da enfermidade. No Brasil, não há descrição de casos autóctones da condição clássica, mas de uma síndrome semelhante, pouco conhecida e de difícil diagnóstico. Segundo a infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Jessica Ramos, a suspeita só costuma ser considerada quando o paciente relata ter visitado regiões em que a doença é mais comum, como Estados Unidos, Canadá e Europa.

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A especialista explica que a doença é uma infecção causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, transmitida pela picada de carrapatos do gênero Ixodes. “Esses carrapatos se infectam ao se alimentar de animais silvestres e podem transmitir a bactéria para humanos”, complementa.

Ainda de acordo com Jessica, os sintomas iniciais mais comuns incluem o eritema migratório (uma mancha avermelhada em formato de “alvo” no local da picada, que se expande progressivamente), além de febre baixa, fadiga, dores musculares e articulares, dor de cabeça e aumento dos linfonodos, estruturas que fazem parte do sistema linfático e atuam como centros de defesa do sistema imunológico.

A médica explica que o tratamento em fases iniciais geralmente é feito com antibióticos administrados por via oral, mas que, em casos mais graves, pode ser necessária a aplicação endovenosa. “Iniciar o tratamento de forma precoce é fundamental para evitar a evolução para quadros mais severos, que podem envolver comprometimento neurológico (como meningite, neuropatias e paralisia facial periférica), artrite de Lyme (inflamação articular recorrente, principalmente nos joelhos), cardite de Lyme (alterações na condução elétrica do coração) e sintomas crônicos, como fadiga persistente e dores difusas”, afirma Jessica.

A infectologista reforça que pessoas que vivem ou viajam para locais com registros da doença de Lyme devem adotar cuidados preventivos. “Evitar áreas de mata ou gramados altos em épocas de risco, usar roupas de manga comprida, calças dentro das meias, optar por cores claras que facilitem a visualização dos carrapatos e aplicar repelentes adequados são medidas simples, mas bastante eficazes na prevenção”, conclui.

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