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Cuidado com o trojan bancário brasileiro que utiliza tecnologia PowerShell

Os cibercriminosos brasileiros estão deixando seus golpes para roubo de dinheiro online ainda mais sofisticados. Agora eles contam com uma nova arma: o Windows PowerShell, um recurso nativo utilizado por administradores e programadores para automatizar comandos de sistema, e está presente nas versões mais recentes do Windows 7 ao 10. O novo trojan bancário, descoberto por analistas da Kaspersky Lab, tem empregado esta tecnologia pela primeira vez para propagar pragas de origem brasileira.

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O ataque foi distribuído por meio de campanha de e-mail malicioso disfarçado de fatura de operadora de telefonia móvel, com links de download para um arquivo malicioso. Após a execução do malware, ele irá alterar as configurações de proxy do Internet Explorer para um servidor que redireciona as conexões para páginas de phishing dos principais bancos brasileiros.

A imagem ao launnamed (2)do mostra o resultado da execução do malware no navegador da vítima: uma pequena mudança, mas com grande impacto, pois o novo servidor de proxy configurado irá direcionar a conexão da vítima para servidores controlados pelos criminosos.

Essa mudança no sistema irá afetar não apenas o Internet Explorer, mas sim todos os outros navegadores instalados no sistema, como Chrome ou Firefox, uma vez que eles costumam utilizar as mesmas configurações do Internet Explorer.

O malware também possui um recurso interessante: ele verifica o idioma configurado no sistema operacional infectado e aborta sua execução, caso o idioma não seja PTBR. Este é um truque inteligente, que visa evitar infecção por pessoas que não usam o idioma em seu computador, limitando, assim, as infecções aos brasileiros.

No primeira trimestre de 2016, o Brasil foi o país mais afetado por trojans bancários no mundo. Para proteger redes ou computadores de ataques que usam o PowerShell é importante modificar as permissões do recurso, por meio de templates administrativos que irão permitir somente a execução de scripts assinados. “Estamos certos que este é o primeiro malware de muitos outros que surgirão utilizando a mesma técnica”, alerta Fabio Assolini, especialista em segurança da Kaspersky Lab.