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Quem lidera corrida da IA: Geração Z, Millennials ou Boomers?

- Créditos/Foto:DepositPhotos
- 03/Fevereiro/2025
- Da Redação, com assessoria
A Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais integrada à rotina dos brasileiros, tanto no ambiente corporativo quanto no pessoal. Segundo dados do estúdio Talk Inc., 63% da população já utilizou alguma ferramenta de IA, com destaque para assistentes virtuais como Alexa e Siri. Essas tecnologias não apenas auxiliam na gestão de agendas e na reprodução de músicas, mas também facilitam o acesso a notícias, receitas e informações sobre o clima.
Fabrício Carraro, Program Manager da Alura, ecossistema de educação em tecnologia, destaca que a utilidade da IA vai muito além das assistentes virtuais, que já conquistaram uma grande base de usuários. Ele observa que, embora essas ferramentas sejam amplamente adotadas, o uso da Inteligência Artificial tem avançado nos últimos anos, especialmente com a popularização da IA Generativa.
Contudo, esse uso pode variar um pouco de acordo com a geração, refletindo as necessidades e preferências de cada faixa etária.
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Corrida da IA e as diferentes gerações
Carraro analisa que as gerações mais antigas costumam usar a Inteligência Artificial para simplificar tarefas do dia a dia, como organizar compromissos ou controlar dispositivos domésticos. Já os mais jovens têm explorado o potencial dessa tecnologia de forma mais ampla, especialmente no ambiente corporativo, para aumentar a produtividade e eficiência em diversas áreas de atuação.
“Essa popularização se reflete no ambiente profissional em movimentos como o Bring Your Own AI (BYOAI, ou Traga sua própria IA, em português), que vêm ganhando forças. A ideia é que colaboradores utilizem suas ferramentas de Inteligência Artificial preferidas em suas funções, promovendo maior personalização e inovação nas organizações”, explica o especialista.
O relatório Work Trend Index 2024, produzido pela Microsoft e pelo LinkedIn, ilustra bem esse tipo de tendência: 85% dos profissionais da Geração Z (nascidos aproximadamente entre 1995 e 2010) e 78% dos Millennials (nascidos entre 1980 e 1995) já usam ferramentas de IA no trabalho, número que cai para 76% na Geração X (nascidos entre 1965 e 1980) e 73% entre os Boomers (nascidos entre 1946 e 1964).
Independentemente dos diferentes níveis de intensidade no uso, Carraro destaca que esses números demonstram que há uma incorporação generalizada da tecnologia à rotina. “As pessoas estão entendendo que recursos como o ChatGPT, o Gemini, entre outros, podem contribuir com suas tarefas diárias”, afirma.
Importância do aprendizado tech
Entretanto, o especialista reforça que, apesar da tecnologia estar cada vez mais presente no dia a dia dos brasileiros, muitas pessoas ainda se sentem inseguras em usar a IA. O relatório Índice de Força de Trabalho, do Slack, destaca um pouco desse desafio ao mostrar que 35% dos profissionais brasileiros ficam receosos em admitir abertamente que utilizam a tecnologia, temendo serem vistos como incompetentes ou preguiçosos.
O especialista da Alura acredita que essa insegurança é reflexo da falta de entendimento e clareza sobre o papel da IA. “Há um estigma em relação à automação e geração de conteúdo por meio da IA Generativa, que muitas vezes é mal interpretada, sendo vista como uma ameaça em vez de uma ferramenta complementar, ou mesmo que a qualidade do conteúdo gerado não é suficientemente boa. Muito disso, porém, é devido à falta de compreensão sobre seu funcionamento, potencial e limites”, explica Carraro. “Conhecer melhor essas ferramentas e também técnicas de uso, como as de engenharia de prompt, podem ajudar a minimizar essa percepção”, completa.
Aprendizado tech
Olhando para este cenário, o especialista enxerga que uma das principais soluções para mudar a situação é aumentando os investimentos no aprendizado tech. O relatório do Slack aponta que, embora 90% dos brasileiros reconheçam a urgência de aprender sobre Inteligência Artificial, apenas 49% dedicam mais de cinco horas ao longo do mês para dominar essas ferramentas.
Carraro enfatiza que as empresas têm papel fundamental em reverter esse cenário. “As organizações precisam criar estratégias de aprendizagem mais acessíveis e eficazes, que ajudem a todos, independentemente da geração, a se sentirem mais preparados e confiantes em utilizar as diversas ferramentas de IA que estão sendo desenvolvidas no mercado”, enfatiza. “Ao entender as diferenças nas motivações e necessidades de cada grupo, a tecnologia poderá ser incorporada de forma muito mais natural e confiante tanto no trabalho quanto nas atividades pessoais”, conclui.
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