Segurança
Biometria facial: como o rosto se tornou melhor defesa contra fraudes digitais

- Créditos/Foto:DepositPhotos
- 22/Maio/2025
- Da Redação, com assessoria
Muitos brasileiros já estiveram cara a cara com o perigo digital. De mensagens falsas e golpes de WhatsApp a vídeos manipulados com inteligência artificial, os ataques virtuais se tornaram não só mais criativos, como mais difíceis de serem detectados. Segundo a Febraban, 36% das pessoas que moram no Brasil sofreram golpes bancários em 2024 e 86% afirmam ter medo de fraudes ou vazamentos de dados pessoais – uma reação natural, mas que pode ser evitada. E a melhor forma para isso é encarando a situação de frente. Literalmente.
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Em uma realidade em que as fraudes digitais são cometidas com recursos cada vez mais sofisticados, como as deepfakes, é necessário combatê-las utilizando o mesmo nível de sofisticação. “A resposta é a nossa identidade. É o nosso rosto, que por meio da biometria facial se torna uma assinatura única e viva, que tem se mostrado a forma mais eficaz e precisa de proteger as pessoas”, afirma Gabriela Dias, diretora de Produto e Segurança da Unico.
A especialista explica que, diferentemente de outros mecanismos de segurança, a biometria facial não se limita a reconhecer uma imagem estática. Ela exige que a pessoa esteja ali, presente e interagindo com a tecnologia, o que impede o uso de fotos, vídeos gravados ou deepfakes para burlar a autenticação.
Por trás dessa inovação, há um sistema avançado de inteligência artificial que analisa mais de 80 pontos nodais do rosto – como a distância entre os olhos, o contorno do nariz e a espessura dos lábios – e transforma essas informações em uma assinatura biométrica única, validada em tempo real com tecnologias de prova de vida. Trata-se de um avanço em relação a outros mecanismos como o reconhecimento facial.
Biometria facial x Reconhecimento facial: quais são as diferenças?
Enquanto a biometria facial cria uma representação tridimensional e viva do rosto, com validação instantânea e segurança contra tentativas de fraude, o reconhecimento facial é uma tecnologia que verifica uma pessoa analisando e comparando características de imagens ou vídeos contra um banco de dados de fotos de faces já conhecidas.
“A biometria facial, junto à tecnologia de prova de vida, garante que há uma pessoa real do outro lado da tela, no exato momento da autenticação. Já o reconhecimento facial, por si só, pode ser enganado por uma imagem estática, e por isso é menos seguro em jornadas críticas”, explica Gabriela.
Prova dessa maior eficiência é o resultado medido a partir dos dados da Unico. Segundo a empresa, o uso de biometria facial contribuiu para evitar perdas superiores a R$ 3,2 bilhões apenas em 2024. Mais do que uma medida de proteção, essa inovação representa uma mudança de paradigma. Afinal, ela é capaz de substituir:
- A incerteza por identidade viva;
- Os cadastros frágeis por verificação instantânea;
- E o medo digital por confiança baseada em dados.
Na era em que golpistas são capazes de manipular até a própria aparência de alguém, proteger-se com o que é único de cada pessoa – o próprio rosto – se tornou uma forma poderosa de dizer “essa identidade é minha, e de mais ninguém”.
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