Segurança
“Toda empresa foi ou será alvo de ataque hacker”, alerta especialista

- Créditos/Foto:DepositPhotos
- 18/Junho/2025
- Da Redação, com assessoria
Há 23,2 milhões de companhias ativas no Brasil, de acordo com o Mapa de Empresas, do Governo Federal. Apenas em abril deste ano, 389 mil novos CNPJs foram criados. Embora atuem em setores econômicos variados e sejam de diferentes portes – micro, pequenas, médias ou grandes –, todas têm algo em comum: são suscetíveis a ataques cibernéticos. O site do Banco Central, por exemplo, publica um registro atualizado com incidentes com dados pessoais.
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Quando ocorre um ataque hacker, além de a empresa ter as operações cessadas – o que pode gerar prejuízos financeiros –, dados sensíveis de clientes, parceiros e funcionários, podem ser vazados. Não por acaso, tais ameaças são umas das principais preocupações de líderes empresariais de todo o mundo.
Um site especializado listou os dados mais atuais sobre a incidência dos ataques – cuja frequência tem aumentado e são cada vez mais bem elaborados:
- Cibercriminosos comandaram quase 100 bilhões de tentativas de exploração de vulnerabilidades em 2024. O crescimento de credenciais roubadas por malwares foi de 500%.
- Segundo o Threat Landscape Report 2025, o uso de ferramentas de IA por parte da criminalidade cibernética é cada vez maior. O estudo da Fortinet também aponta que a indústria do “Cybercrime-as-a-Service” também avançou muito.
- Segundo outro estudo, o The Global Future of Cyber Survey, praticamente um em cada sete executivos e lideranças de segurança cibernética perderam a confiança na integridade dos sistemas após um incidente.
Proteções tornam-se prioridade no ambiente empresarial
Segundo pesquisa feita pela Delloite, 86% dos entrevistados estão implementando ações para fortalecer suas estratégias cibernéticas e os investimentos em cibersegurança somam US$ 39 milhões por ano. Parece muito, mas este montante equivale a apenas 19% dos orçamentos de TI.
Para Eduardo Bezerra, head de seguros cibernéticos da Wiz Corporate, o principal meio de mitigar danos causados por malwares, phishings, spoofings e afins é o seguro de riscos cibernéticos. “Os passos fundamentais para fortalecer a segurança cibernética nas empresas são fazer avaliação de segurança, desenvolver políticas de segurança, realizar treinamentos, implementar tecnologias e, principalmente, ter uma apólice de seguro cibernético”, aconselha.
De acordo com o executivo, a contratação deste tipo de proteção vem aumentando ano a ano. “Podemos dizer que isso se deve à implementação da LGPD nas empresas e aos ataques bem-sucedidos que geram desgaste e prejuízo, não apenas financeiro, mas também à imagem e reputação das companhias.”
Bezerra explica que as garantias das apólices de seguros cibernéticos são divididas em dois tipos de proteções. As coberturas de respostas a incidentes envolvem os prejuízos do próprio segurado e englobam serviços de perícia forense digital, custos para restauração e recuperação de dados, pagamento de resgate (extorsão), lucros cessantes por interrupção de rede, gastos de notificação e monitoramento, custos de restituição de imagem pessoal e da sociedade, e custos decorrentes de uma investigação administrativa.
Já as coberturas de responsabilidade civil, que envolvem os prejuízos de terceiros, englobam custos de defesa, multas e penalidades, responsabilidade por dados pessoais ou corporativos de terceiros, e pagamento por danos decorrentes de uma decisão judicial, arbitral ou acordo.
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